domingo, 31 de março de 2013

039 - Páscoa 2013 - A aventura continua...




Em primeiro lugar (e mesmo muito atrasado), quero desejar a todos vocês uma boa e Feliz Páscoa cheia de paz, alegria e amor...

Dizer que estou muito atarefado, no meu caso, não passa de um sofisma (eu e as minha palavras difíceis... pode-se traduzir neste caso como uma verdade incompleta, quase irreal, beirando a mentira...)... , pois a coisa está muito acima desse nível...

Para terem uma pequena ideia  hoje – dia da Santa Páscoa - estou trabalhando desde as 5:30 da manhã...

Dei um pequeno intervalo para falar com o meu filho que se mudou esta semana para a Suíça num novo emprego e no meio da conversa o meu único cliente de computação gráfica apareceu me desejando uma feliz Páscoa para mim e minha família e para saber se amanhã nós poderíamos falar de trabalho...

As coisas estão sérias assim...

É claro que tudo isso é inflado pelo meu demasiado preciosismo e um pouco pelas circunstâncias pouco favoráveis dos últimos meses...

Um dos terrenos que estávamos adquirindo acabou dando problemas de documentação e pelo fato de ele ter a metragem que mais nos interessava e uma localização privilegiada – e ser difícil de encontrar outros - acabamos esperando demais que nos obrigou a fazer outra casinha às pressas para não deixar o pessoal parado...

Vocês já me conhecem, eu gosto muito de ter tudo planejado até ao ultimo pormenor e quando as coisas vão para o improviso, eu fico meio desconcertado me culpando da minha falta de análise e de tomada de posição...

O problema é que este grupo de investidores não tinha capital suficiente para investir em mais de um terreno de reserva e por outro lado terrenos bem situados são muitíssimo escassos e caros...

Acabamos investindo num outro menos favorecido, e como a região é majoritariamente de casas, projetei umas casinhas duplex, muito bonitinhas para melhor integração...

Após ter tudo 100% pronto – projeto arquitetônico e executivo – fui só por desencargo na prefeitura fazer uma pré-análise...

Conclusão – deu zebra...

O plano diretor tinha mudado e agora a região só previa projeto multi-familiar...

Legal... Era só deitar todo aquele projeto fora e pegar no outro de edifício que estava pronto, mas (outro “mas” importante, ou neste caso desconcertante... rss...), por razões que só Froid explica resolvi fazer pequenos ajustes finais...

Conclusão (já é a segunda) – tive que refazer tudo de novo e ainda ando às voltas com o projeto executivo de onde saem as quantidades das aquisições assim como as datas prováveis das aquisição...

Neste primeiro edifício está previsto o uso de painéis fotovoltaicos conectados à rede elétrica, que irão fazer andar o relógio ao contrário, de modo a que o condomínio tenha crédito de energia para uso condominial...

Como a região não é agraciada pela companhia de água local – CEDAE – vamos perfurar um poço artesiano para abastecer o condomínio.

Como vamos utilizar a energia por nós produzida de forma “gratuita”, a água condominial não gerará qualquer taxa ou valor...

Os PVs (painéis fotovoltaicos) usados foram calculados para produzir o suficiente para alimentar a bomba de água e as lâmpadas led que encontrei na net a preço acessível e uma eficiência muito boa...

Então a luz do condomínio também vai será gratuita...

Como este tipo de empreendimento, não comporta porteiros a taxa condominial será 

zero 
ou muito perto disso... 

Esta é a nossa premissa...

Como ainda não temos números fidedignos, vamos deixar o edifício preparado para poder receber futuramente os coletores termo-solares, deixando ao critério de cada um a sua futura instalação. 

Se a caixa tiver uma linha de crédito para este tipo de equipamento também seria uma excelente alternativa...

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Paralelamente a tudo isto, eis que um projeto que estava totalmente adormecido deu uma pequena despertada...

              Eu explico...

Quando consideramos que o processo construtivo já estava amadurecido o suficiente, comecei a procurar outras soluções mais rentáveis, já que naquele condomínio os preços dos terrenos já estavam acima do plausível...

Para quem não é do ramo eu esclareço...

A cota de terreno deve oscilar entre 8 e 12% quando se trata de casinhas populares, acima desses valores o parco lucro se esfuma, pois fica no terreno...

Este é nosso caso, pois estamos com uma cota de terreno de quase 25%...

Como a intenção era testar o método construtivo sem perder dinheiro, funcionou muito bem, mas agora as coisas têm que começar a dar lucro decente...

Não dá para se construir verde e ficar vermelho de raiva da falta de lucro...

Voltando...

Na ocasião surgiu a hipótese de se negociar um condomínio inteiro, que jazia abandonado após seu lançamento em conjunto com outra pessoa.

É claro que nessa altura viajei totalmente pela maionese...

Embora se tratando de um condomínio de casas, dava se aplicar muitos dos princípios que desejo testar...

Mesmo parecendo por vezes totalmente ridículo, sempre falo da nossa cidade verde e nesta caminhada na tentativa de torná-la um pouco real...

Por razões que desconheço as pessoas não me consideram totalmente maluco e muitas até se interessam bastante...

Foi o caso da pessoa que estava negociando conosco...

Acabou “comprando” quase todas as idéias e como tem deficiências na parte de engenharia acabou propondo-me sociedade na construção das suas casinhas...

Disse-lhe que estaria interessado sim, desde que os moldes do condomínio fossem dentro daquilo que havíamos falado...

Por várias razões acabamos não conseguimos fechar o negócio com o dono do empreendimento, mas esse outro empresário foi um pouco mais adiante e fechou-o.

Ele estava em fase de venda das casas e de capitalização, mas dependia de algumas obras de responsabilidade do dono do empreendimento para efetivá-las...

Resumindo, o que estava previsto para fevereiro, passou neste momento para julho...

Mas surgiu um outro investidor e rematou vários lotes o que vai possibilitar a construção da portaria e dar uma nova cara ao empreendimento....


Será o despertar do sonho para a realidade?...


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Bem, agora só me resta esperar que todos tenham tido uma boa páscoa, pois o tempo já se esvaiu...

Eu continuo firme na minha luta, por vezes me sentindo um pouco cansado, mas nunca desanimado...

A intenção de me conhecer pessoalmente por parte da nossa querida D. Penha, deu origem a uma onda de ciúmes generalizada, como era de se esperar... rss...

É claro que não poderei me encontrar com cada um de vocês, mas pensei em tempo oportuno combinarmos um encontro onde todos os que puderem comparecer possam verificar estas experiências sustentáveis já em funcionamento assim como constatar a parte prática da mesma...

Assim que puder – isso é que está difícil – mostrarei todo o processo construtivo assim como os números deste tipo de negócio, onde estou tentando verificar se a sustentabilidade é economicamente sustentável... rss...


Sejam felizes...