terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

026 – C. V. – Energia - parte 06

Já temos 35 paises nos espreitando...

Eu sei que a última postagem foi meio difícil...
Talvez refletindo o meu desânimo face à tragédia que por aqui perto assolou...
Espero que esta compense...

Está quase parecendo final arrastado de novela... rss...

Ah... Já viram a novidade?... O nosso vídeo da Cidade Verde mudou...




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Minhas queridas amigas leitoras (es),

Todos os novos seguidores sejam bem vindos à nossa já grande família...
Todos os comentários são bem vindos também...

Assim que puder responderei aos (poucos) comentários que tivemos...

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026 – C. V. – Energia - parte 06


Transportes



Nós gastamos 35% da nossa energia no transporte e maior parte dela senão a totalidade advinda do precioso líquido conhecido como petróleo...

Os 87 milhões de barris de petróleo que retiramos diariamente das entranhas da terra, e que se traduzem em 31,7 bilhões por ano, vão na sua maioria para este setor...

Estamos falando de muita energia mesmo...

Lembram-se dos 1060 kW - 10% - usados nas residências?

Agora estamos falando de 3,5 vezes mais, ou seja,

3.710 KW / mês / residência...

Agora é para valer...

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O setor de transportes divide-se em:


- Transporte de passageiros


-Transporte de carga


Segundo os dados da EIA (Energy Information Administration - USA) – não consegui dados do Brasil -

75% dessa energia é gasta com passageiros

e 25% com carga... Fonte EIA

Aqui vemos como os gastos em transportes se dividem...


Como já vimos estes valores correspondem ao que uma família tem que suportar direta e indiretamente e se os traduzirmos em painéis fotovoltaicos verificamos que a coisa é bem séria, pois estamos a falar de 241 painéis por família e que têm que ser substituídos a cada 25 anos...


Uma prestação mensal que ronda os US$1.000 (R$1.700 // Euro$736)...

Isto é só a energia, ainda falta a prestação do carro...


Esse é o nosso drama...

Este é o tamanho do nosso desafio...

Mas vamos tentar não nos apavorarmos muito – só um pouco – deixar de tremer com os maxilares, baixar os cabelos arrepiados e usar um pouco da racionalidade que nos resta...


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Vamos primeiro analisar estes três grandes setores:

Transporte de passageiros (trajeto urbano e suburbano).

Transporte de passageiros entre cidades.

Transporte de mercadoria entre cidades.

Eles correspondem a 62% dos transportes e vamos tentar resolvê-los primeiro, os restantes 38% analisaremos depois... 1.o Transporte de passageiros no trajeto urbano e suburbano

Aqui estamos a falar é claro do nosso querido, adorado e idolatrado carro...

Para além do símbolo de status em que ele se transformou,

temos o fator mais importante –


a liberdade de locomoção...

Quem tem adora e quem não tem o anseia...

Sem ele a nossa civilização rui...

Tirem-nos tudo, menos o carro...

Ou se ainda estivéssemos na monarquia, ouviríamos a realeza clamando:

O meu reino pelo meu carro... rss...

Sim, ele tem essa importância toda...

E como tal, tem sido aproveitado e explorado de todas as maneiras...

Uma grande parte dos nossos impostos são-nos extirpados através dele...

Uma forte indústria nos escraviza concominada com o poder – governo e indústria petroleira... Se pensarmos em usufruir de um carro popular – Ex.: Fiat Uno - durante toda a vida, trocando-o a cada 10 anos e se partirmos do princípio – bem realista – que ao fim desse tempo ele nada vale, se aplicada a menor taxa do mercado de 1.6% ao mês – aqui no Brasil - vamos ter que arcar com uma

prestação mensal de 470 reais...

http://www.administradores.com.br/informe-se/economia-e-financas/pacote-do-governo-dobra-juros-para-compra-de-carro/40951/

Se somarmos o IPVA mais seguro e gasolina esse

valor salta para R$936,00...

Mas se optarmos por um Honda Civic o valor mensal a suportar

vai para incríveis R$1.955,00...


Isto sem entrarmos nos carros de luxo...


Se somarmos a isso os 89% de ineficiência e o quanto ele polui,

começamos a olhar de outra maneira para o nosso “queridinho”...


Atualmente vemos a indústria automóvel tentando arranjar formas de resolver um problema com soluções no mínimo duvidosas...

A tecnologia atual ainda não tem respostas para o grande paradigma que temos perante nós...



São três, os grandes problemas a resolver no tocante ao carro elétrico:


1. Autonomia

2. Recarga

3. Matéria prima.



A fim de manter a posição privilegiada que usufrui, a indústria automóvel está movendo montanhas para que se perpetue a mesma filosofia de consumo e que, com pequenos ajustes,

“tudo continue como dantes na terra de Abrantes”...

Mas não creio que tal seja possível...

As soluções até agora adotadas, são demasiado penalizantes, com baterias a preços exorbitantes, autonomia relativamente baixa com recargas demoradas e calcadas numa matéria prima pouco abundante na terra, como já vimos... É um problema difícil que estão tentando contornar com os híbridos, que devem ter mais tecnologia que a Apolo 11, usada para ir à Lua...

Depois de muito analisar, creio ter chegado a uma solução bem plausível, abrangente e que embora quebre alguns tabus, resolve com certeza tais paradigmas...


Para isso temos que dividir de forma acintosa os carros em dois tipos:

- Carros urbanos e carros de viagem...

Dessa forma simples, nós resolvemos logo à partida maior parte dos problemas que nos assolam...


Porque na realidade são um só:

- Quantidade...
Sim...

É a grande quantidade de energia que necessitamos para resolver o problema que nos impede de encontrar a solução...


No caso da nossa cidade, como tudo já foi planejado de forma a termos trajetos relativamente pequenos e sem interrupções, a autonomia que necessitamos é muito pequena...

Mas podemos ir um pouco mais longe...


Chegar à excelência...



Reparem...

As fórmulas que tanto trabalho deram aos nossos ancestrais cientistas nos dizem que:

A potência necessária para deslocar um veículo varia com o cubo da velocidade...

- Então vamos andar devagar...


Por outro lado sabemos que o aumento da velocidade está diretamente ligado ao índice de acidentes no transito...


- Devagar mesmo...



Sabemos também que o peso do veículo está relacionado com a energia gasta na aceleração, desaceleração, frenagem, atrito provocado, quantidade de matérias primas usadas e no tempo de produção...

- É só fazê-lo bem leve
e pequeno...



Se somarmos todos esses ensinamentos verificamos que o mais racional é fazer um carro muito leve, de velocidade limitada, de grande simplicidade de execução e mecânica, e que dure eternamente, ou pelo menos que seja eterno enquanto dure, como nos ensinou o nosso querido Vinicius de Morais... rss...


Melhor seria se qualquer componente pudesse ser substituído em no máximo 5 minutos, por qualquer pessoa – se possível sem recurso a ferramentas - e todos de plataforma padronizada (chassi e mecânica)...

É claro que talvez tenhamos que ter 2 ou 3 tipos diferentes para atender a situações de transporte de carga ou emergenciais, mas de qualquer forma a estandardização será sempre muito bem vinda...

Vamos continuar pensando na locomoção elétrica, mas olhando-a de maneira diferente...


Nós já vimos que um carro racional só necessita de 1,7 cavalos para se locomover, que corresponde a 1,26 KW, mas vamos pôr 2 KW, para poder suportar com tranqüilidade uma subida e ter um arranque um pouco mais viril...

Com 2 baterias iguais às que tenho no meu carro – de 80 Ah – teríamos o problema quase resolvido...

As baterias tracionarias que já existem há muito no mercado, e que se usam nas empilhadeiras, chegam a agüentar 1500 ciclos profundos e com certeza nos resolvem facilmente o problema...


O preço de um carro desses, se feito em grande quantidade, com certeza não ultrapassa os US$1.000,00, tendo em vista que ele será feito com uma só função, nos transportar...

Se duvidam desse preço, é só pensar que o Nano – da Nano Motors - é centenas de vezes mais complexo e custa na Índia US$2.500,00...

O carro poderá ser do tipo carro de golfe...

Totalmente despojado, feito inteiramente para nos servir...

Um volante e um pedal que quando pressionado o faz andar e quando liberto freia...

Um aviso sonoro e de luz piscando indicando a necessidade de recarga...

E só...

Simples assim...

Sem GPS, ABS, trio elétrico, ou air “brega”...
Nada disso...

Só carro mesmo...

Eu sei que nos tempos que correm fica difícil imaginar...

Mas isso resolve 3 problemas fundamentais...

Peso
Matéria prima
E CUSTO...

Continuando...


Caso o tempo de recarga seja um fator limitante, podemos recorrer à troca das baterias ou do próprio carro se acabarmos optando por torná-lo comunitário...


Simplesmente se entraria num estacionamento, entregava-se o carro à pessoa responsável para ela proceder ao carregamento e verificação do veículo e pegar-se-ia outro pronto para uso...

Eu sei que propriedade pública sempre levanta alguns probleminhas, especialmente de educação e civismo, mas creio facilmente ultrapassáveis quando todos se conhecem...

Mas a troca de baterias também funciona bem e é muito rápida...

Os 1,26 KW necessários se traduzem em 2 painéis fotovoltaicos de 185 Wp,

então a aquisição do kit

- carro mais baterias mais energia para 25 anos -

sairia por cerca de US$2.500...

Agora vocês entendem porque eu disse que oferecia dois carros com a compra do apartamento e que o combustível sairia quase de graça!...


Assim todos podem usufruir dessa grande comodidade que é esse fantástico meio de locomoção, sem desastres e sem sermos escravos de indústrias e governos de intenções no mínimo dúbias...

Outra coisa...

As vias são de simples construção e manutenção, já que não haverá necessidade de transito pesado...


Desde que tenhamos o cuidado de fazer uma reciclagem a 100% das baterias, respeitando os materiais químicos que as compõe, não tem erro não...



É claro que se respeitadas as plataformas – chassi e mecânica - as carrocerias podem ser diferentes umas das outras, dando azo à nossa imaginação e arte, e deixar a nossa individualidade aflorar...

E vamos deixar de pensar em modelos novos todos os anos...

As plataformas, desde que satisfatórias são para se manter o mais possível de forma a que as peças de reposição – as poucas necessárias – se possam produzir em grandes séries minimizando a mão de obra e tal se reflita no preço...


Eu sei que muitos de vocês estão achando os 50 km/h uma velocidade agonizantemente baixa, mas reparem que a cidade é muito pequena e como não tem engarrafamentos, o máximo que poderá levar é 10 minutos na deslocação maior que se faz necessária...

E se pensarmos nas horas a fio que perdemos quase diariamente em agonizantes engarrafamentos, logo esses 50 km/h nos parecerão as viagens espaciais feitas à velocidade da luz do capitão Kirk na espaçonave USS Enterprise...



Eu sei que essa baixa velocidade propicia o diálogo entre as pessoas e alguns por vezes pararão para bater aquele papo e loucos seremos nós se a eles não nos juntarmos...

Não existe nada melhor que aquele papo furado, embora reconheça que acompanhado de uma cervejinha gelada no verão, só melhore...


Como a cidade não tem sinais, cruzamentos, entroncamentos, passadeiras nem semáforos, e a velocidade está limitada no próprio veículo, a carteira de habilitação (carteira de condução em Portugal), não se faz necessária...

Crianças de 14 anos, quando acompanhadas, poderão conduzir sem qualquer problema, pelo que os netos podem perfeitamente levar suas avós naquela consulta ao especialista que só tem no centro da cidade...


Ah sim, quase me esqueci de mais um pormenor importante... Radares e policiais de transito podem ir procurar outra cidade, porque na nossa Cidade Verde não têm lugar, acabando de vez com essa farra de multas advindas sabe-se lá de onde que enchem os cofres públicos ou bolsos escusos e que só nos oprimem...




Os roubos de carros e seguro também perderam o seu maléfico significado...

E o bem triunfou novamente...

Viram como tudo se encaixa quando simplificamos as coisas?

Não parece que agora ficou tudo no seu devido lugar?...

Eu sei que tivemos de deixar os nossos egos e status de fora, e essas coisas por vezes custam e nos assustam...

Mas pensem direito, se não vale bem a pena...

Uma cidade onde todos se podem locomover, sem pensar em combustível, na agonizante prestação mensal, se o seu modelo de carro ainda está ou não na moda, no valor assustador do IPVA e seguro que nos inibe de tirar aquelas férias tão sonhadas, nem ter que imaginar se o nosso filho vai ou não chegar bem a casa ou se foi mais uma vitima de um condutor bêbado e inconsciente que o abalroou na calçada...

Temos que nos lembrar também, que desta forma – ao pouparmos tanta energia e matéria prima – não estamos depredando o nosso planeta até à exaustão, propiciando assim um futuro áureo para as próximas gerações...

Como segunda alternativa de combustível, ou como bateria estática de estoque de energia, poderemos usar o ar comprimido, desde que consigamos aproveitar o calor gerado, para não termos todas aquelas perdas... As baterias da “Xtreme”, que vimos no capítulo anterior, também podem ser usadas como alternativa de estoque energético emergencial, a fim de suprir os dias menos ensolarados, embora creia que a energia eólica colmate tais falhas...

Os carros nos estacionamentos dos condomínios podem estar ligados à rede, e suas baterias, suprir alguns excessos de consumo ocasionais – vulgo picos - proporcionando mais estabilidade ao sistema de abastecimento energético...


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Bem, agora já podemos todos passear calmamente pela nossa cidade...


E usufruir de sua cálida tranqüilidade advinda tão somente da sua racionalidade e simplicidade...



E podem respirar à vontade,

que
poluição

agora,

virou
palavrão
...


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Bem, 40% dos transportes já conseguimos resolver e baixamos as nossas necessidades de 50 KW para meros 3,4 KW mesmo proporcionando a todos o dobro de conforto – não estou a falar de luxo – já que agora as famílias podem usufruir de dois carros (a maior taxa do mundo) e sem ter que pensar em combustível, seguro, IPVA, habilitação, multas, transito, engarrafamentos, estacionamento, etc., etc., etc. ...

A fatia maior e mais assustadora já foi, mas será que conseguiremos resolver os restantes 60%?...


O mistério continua... Haja energia... rss...







terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

025 – C. V. – Energia - parte 05


Já ultrapassamos as 60 mil visitas...

Eu sei que demorei um pouco, me perdoem, periodo de férias mas, eu vou compensar com uma pequena surpresa que aparecerá na próxima postagem...



Minhas queridas amigas leitoras (es),

Todos os novos seguidores sejam bem vindos à nossa já grande família...
Todos os comentários são bem vindos também...


Carla – Realmente o desperdício é demais mesmo...

Anônima que chamou os filhos – Realmente as mulheres se preocupam muito mais que os homens sobre o futuro, você tem toda a razão... Valeu...

Filipe Melo (filho) – Tens toda a razão, eu nem cheguei a entrar nesse mérito... A quantidade de energia e trabalho despendido para manufaturar um carro é impressionante, para oito a dez anos depois ir parar tudo numa sucata...

Oiiiiiiiiii minha sobrinha virtual – Essa coisa do desperdício dói mesmo...

Bárbara (de Curitiba) – Falando do nosso blog ao jantar... Gostei... Valeu Bárbara...

Fernanda- est. Faculdade – O nosso padrão adotado – custo monetário – faz com que estas coisas aconteçam e sejam possíveis, aliadas é claro à falta de divulgação... Obrigado Fernanda pelo carinho...

Laura e Maria da Penha – A vossa mensagem de ano novo foi de arrasar, meus parabéns e muito obrigado pela postagem tocou com certeza todos nós... Beijinhos carinhosos...

Elizabeth – Muito obrigado pelo carinho Elizabeth e família...

Anônimo – “só as cidades verdes podem dar solução” – Neste blog, nós fomos verificar se conseguíamos resolver os problemas existentes com um novo modelo de cidade projetada para resolver esses problemas, mas com certeza que muitos outros caminhos existirão...

Kátia – Valeu Kátia

Rodrigo e sua turma – Valeu galerinha...

Geovana – Muito obrigado querida leitora...

Pedro – Sintra - Portugal – As suas decisões são bastante calcadas em custos e felizmente estão em consonância ambiental... Pedro, creio que já chegaram por aí scooter’s elétricas, já pensou nessa alternativa?... Obrigado pelo comentário, valeu, abraço...

Marcus Lira – Valeu Marcus Lira...

Paulo Henrique – Obrigado Paulo Henrique...

Novo seguidor (Aracajú) – Obrigado pelo incentivo...

Eulália – Obrigado pelo carinho Eulália...

Maria Constança – Muito obrigado pelo carinho Maria Constança...

Antiga seguidora Beatriz – Valeu Beatriz...

Patrícia (amiga da Carla) – Seja bem vinda Patrícia ao nosso espaço...

Maria da Glória – Obrigado pelo carinho Maria da Glória...

Pablo – Você nem imagina quanto... rss... Valeu Pablo...

Ana – Não por isso... Obrigado Ana...

Maria de Fátima- Leiria - Portugal – Leiria é um lugar muito bonito... Obrigado pelo carinho Maria de Fátima...

Kirsten – Muito obrigado pelo seu carinho e seja bem vinda à nossa já grande família...

Elfriede – É verdade, temos alguns alemães nos espreitando... Seja bem-vinda Elfriede...

Dolores de Belém – Obrigado pelo carinho e seja bem vinda ao nosso espaço...

Marlene – Seja bem vinda... Valeu pelo carinho Marlene...

Novo seguidor- est. de engenharia – Valeu...

Shahrin – Thank you Shahrin

Sharon – Tank you Sharon...

Jennifer – Tank’s Jennifer...

Henrique e Ana – Pelo menos uma alternativa séria a levar em consideração... Obrigado Henrique e Ana, valeu...

Noca – Obrigado Noca e seja bem vinda...

Beauvais - Merci Beauvais...

Mariléa – Que bom que a conseguimos deixar feliz... Também fico muito feliz por isso... Obrigado Mariléa...

Mônica Fernandes – Valeu Mônica Fernandes e seja bem vinda...

Oiiiiiiiiiiiiiiiii Biazinha e família – Moro numa das cidades serranas do Rio de Janeiro afetadas por essa ultima calamidade, por acaso o bairro onde vivo não foi afetado, mas é melhor todos nós nos prepararmos, pois estas coisas vão fazer cada vez mais parte do nosso dia a dia... (a natureza sempre encontra o seu equilíbrio e o ser humano pode não fazer parte de suas preocupações)... Foi muito triste e me afetou bastante psicologicamente... Está mais do que na hora do ser humano “tomar vergonha” e procurar outros caminhos e se conscientizar que este planeta não é só seu, que o tem que compartilhar com todos os outros seres que a ele têm direito... Um beijinho carinhoso para as mulheres da sua família e abraço para o Carlos e seu pai.

Débora (psic.) – Eu sei que é muito difícil uma pessoa olhar dessa forma para um bem que tanto adoramos como os nossos carros... Eu mesmo tenho dificuldade... Mas isso não nos impede de sermos conscientes e de revermos nossos valores... Na próxima postagem vou mostrar algumas alternativas bem interessantes, espero que goste... Quanto às soluções para grandes cidades, elas são bem difíceis quando pensamos em sustentabilidade plena, elas não foram pensadas para responderem a esse quesito, mas maior parte das soluções aqui vistas (lixo, esgoto, energia, etc.) podem ser implementas – pelo menos em parte - com custos muito baixos... Valeu Débora (adorei o guru... rss)...

Antonio Pereira- Porto- Portugal – Valeu Antonio... Eu também sou tripeiro e estou com muitas saudades dessa linda cidade... Abraço

Carolina S. Garcia – Você tem razão, é que isto não é um blog, mas um livro que o autor – que por acaso sou eu – acabou trocando as bolas... Se seguir a ordem do blog dá para entender bem... Valeu Carolina, muito obrigado pelo carinho...

Maisa – Me desculpe Maisa, demorei demais sim... O assunto é bem complicado e fui afetado pelo período de férias... Beijo carinhoso...

Elisa (estudante de direito) – Valeu pelo incentivo e seja bem vinda à nossa família Elisa...

Sofia (MT) – Faz parte do mistério... Me desculpe realmente demorei demais... Grande abraço para si também...

Carla – Entrou de férias um pouquinho sim... Beijo carinhoso Carla...

Rodrigo e Flavinha – Tal como um bom cozinheiro que sabe que um dos melhores condimentos é a fome, aqui estou usando a expectativa... rss... Que nada, me distrai um pouquinho e também fui afetado pelas férias... Abraços...

Margarida Gomes – Tudo bem, um puxão de orelhas bem merecido... Desculpe-me, mas me distraí um pouco... Grande abraço...

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Energia - parte 05




Resposta à pergunta:


Mas afinal como vamos resolver
a energia na nossa cidade verde?...

É bem simples...

Com racionalidade...

Não estou a falar em racionar... rss...

Estou a falar em usar a razão, pois parece que há muito a abandonamos...

Como?...

Vamos ver...

Uma das coisas que mais desperta a curiosidade do homem é a contínua descoberta dos mistérios do nosso mundo e universo...


Suas leis, seus princípios...

Nossas mais privilegiadas mentes dedicam suas vidas a nos revelarem tais “segredos”, que se traduzem em grandes avanços científicos quando nos mostram e demonstram, através de experimentos e de intricadas e complexas fórmulas os meandros de tais mistérios...
Livros e mais livros enchem imensas bibliotecas com o nosso saber e mais recentemente, a internet passou a absorver tal importante acervo...



Segundo este vídeo da mensagem de natal de 2009 da IBM, nesse ano a quantidade de informação nova acumulada é maior do que a gerada nos últimos 5.000 anos e a informação técnica dobra a cada 2 anos...

Estamos a falar novamente de números exponenciais e eu já vos falei do quanto perigosos eles são, já que o nosso cérebro não consegue acompanhar tal evolução, mas meu irmão Aníbal deu-me um exemplo bem simples e de fácil entendimento...

Vamos pegar numa folha de papel com um décimo de milímetro de espessura (0,1 mm – são necessárias 10 folhas para elas prefazerem um milímetro, metade de uma formiga pequena) e dobrá-la umas cinqüenta vezes - isso não é fisicamente possível, mas vamos fazê-lo somente como exercício teórico.

Qual a espessura que obteríamos?...

- 10 cm?
- 1 metro?
- 100 metros?...

Talvez quiçá um pouco mais que isso...

A fórmula é:

Espessura vezes dois elevado a cinqüenta...

Para digitarem no Exel – “= 0,1*2^50”

Para obtermos o resultado em quilômetros é melhor depois dividirmos por 1 milhão (1.000.000)...

(Sim em quilômetros eu não me enganei...)

Resultado?...

112.589.990 km...

Sabem até onde vai?...

Algures entre Marte (78 milhões de km) e Júpiter (628 milhões de km)...

Traduzindo...
Se colocássemos TODA a informação técnica desse ano numa folha de papel, e se a cada dois anos dobrarmos o número de folhas colocadas (a informação técnica dobra a cada 2 anos) daqui a 100 anos teríamos

um livro com 112,5 milhões de quilômetros de espessura...

Eu já vos tinha avisado sobre estes números exponenciais...


Voltando...

Realmente o nosso avanço científico tem sido fabuloso nesta nova era digital e muita informação técnica estamos produzindo, mas...

Como nosso célebre cientista Isaac Newton nos disse com sua mestria incontestável:
“Para cada ação existe uma reação oposta”

E realmente é isso que parece haver...

Para toda essa ação científica, parece haver uma reação contrária esquecendo tais princípios, leis e fundamentos, já que pelo menos no campo da energia a ineficiência e o desperdício atingem valores incrivelmente vergonhosos como já aqui vimos e comprovamos...

Continuando na linha da racionalidade, simplicidade e sem fazermos uso de tecnologias não comprovadas, vamos tentar encontrar maneiras de solucionarmos o problema da energia na nossa cidade verde...


O desafio

Prover energia de forma a termos o nível de conforto europeu,
alterando ou não os sistemas usados...


Eu explico melhor:

Nós já vimos que a nossa classe média e média alta aqui no Brasil, está consumindo quase a mesma energia do cidadão médio europeu, as 0,91 Tep’s (toneladas equivalentes de petróleo) por mês por família.

Isso se traduz em 10.600 KW/mês por apartamento...

Esta não é a nossa conta de luz, mas sim o quanto de energia no total uma família gasta, direta (casa e transportes) e indiretamente (comercio indústria e agropecuária)...

Clique para aumentar
Os 10% residenciais - assustadores 1060 KW / mês – englobam não só os nossos gastos efetivos - eletricidade e gás – como todas as perdas e consumos necessários à sua produção...

Se considerarmos o consumo de 13 kg de gás de cozinha (gás LP) por mês (um botijão) por apartamento isso se traduz em 169 KW.

A diferença – 891 KW – divide-se por estes
diferentes consumos que aqui vemos neste gráfico...

Então temos:

Será que temos como reduzir estes valores substancialmente?...

E a energia para o fogão e chuveiro, como resolver?...

Maior parte dela é consumida à noite, quando não temos sol, onde vamos buscar essa energia?

E ainda temos que fazer isso usando energia sustentável...

Será possível?...


Vejamos...
Retirando o fogão e chuveiro que analisaremos mais tarde, verificamos que o consumo por apartamento com um bom nível de conforto, embora com usos racionais de iluminação e geladeira, é relativamente baixo...

Clique para aumentar
É claro que aqui não nos aparecem nem as perdas,
nem a energia gasta na produção...



Como vemos conseguimos uma redução de 42% (relativo ao consumo efetivo), conseguido na geladeira pequena e no uso mais racional da iluminação, embora tenham sido consideradas 6 lâmpadas sempre acesas durante as 5 horas (das 20 às 24:00h)...

Bem, agora só nos falta saber como produzir estes 117 KW...

Mas, o problema maior é que cerca de
80% deles serão necessários durante a noite...

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Para isso vamos usar a alternativa mais cara de captação de energia – painéis fotovoltaicos – e ver quais as alternativas que temos para o abastecimento noturno:

É aqui que encontramos o “calcanhar de Aquiles” das energias sustentáveis...

A sua irregularidade produtiva...

A nossa civilização da forma como a estamos encarando é muito pouco “orgânica”...

Todo o nosso planeta e universo é totalmente caótico, e embora se consiga encontrar alguns padrões no caos, a inconstância com certeza nele permanecerá...


Por isso continua e continuará a ser tão difícil a previsão do tempo...




Aliás, foi daí mesmo que surgiu a teoria do caos ou o chamado efeito borboleta:

Foi quando um cientista que trabalhava na previsão do tempo resolveu apressar os seus cálculos no supercomputador, retirando uma decimal (das muitas que o sistema usava), e os resultados obtidos contrariaram totalmente os anteriores...

Em vez de uma cálida manhã ensolarada,
apareceu uma tempestade pouco amiga...

Ao analisar o que aquela decimal retirada correspondia, viu que seria quase o equivalente ao bater das asas de uma borboleta nos seus antípodas (do outro lado do mundo), daí se chamar

“efeito borboleta”...

Num dos filmes “o parque dos dinossauros”,
um dos cientistas se refere a esse efeito...


Voltando...

O problema é que a nossa civilização assenta em padrões estáveis onde esse caos não é bem vindo...

Esse domínio, totalmente adverso ao sistema, é que fica difícil de se obter, e piora quando dele diretamente se depende...
Contar com a luz solar e o vento para o nosso sistema energético que necessita de constância e certezas, pode ser bastante complicado e algumas medidas têm que ser tomadas...
Entramos no submundo do armazenamento energético...

Onde tudo é bastante nebuloso, misterioso, cheio de segredos e cochichos, já que é um negócio ainda em ascensão, e bilhões estão em causa...

As soluções são caras, difíceis, muitas delas associadas aos ácidos da química e com freqüência fazem uso dos metais pesados, que sabemos o quanto prejudiciais eles podem ser...

Assim dá para entender tais segredos...
Beiram os antigos processos de alquimia na insana busca pela pedra filosofal...

Ninguém vai querer lhe dizer que ali ao lado tem uma tonelada de um produto químico altamente tóxico e corrosivo que borbulha a 350 graus Celsius, na bateria de fluxo NAS (sódio-enxofre) necessária ao armazenamento da energia do seu condomínio, pois assim não tem que responder à simples pergunta:

- O que fazer em caso de catástrofe (e elas estão cada vez mais no nosso dia a dia) e toda aquela fervilhante sopa química se espalhar meio a raios alucinantes, tão fulgorosos quanto fulminantes?...

Ou que no seu carro verdinho, verdinho, tal anomalia fervilhante química se esconde algures por ali...

Estão a ver o tamanho do problema?...
Temos de ter consciência de que o armazenamento de energia é o fomento ao desequilíbrio universal...

Eu explico...

Tudo o que vemos no mundo e no universo é a tentativa – maior parte das vezes infrutífera - de restabelecimento do equilíbrio...

Vamos ver o exemplo bem simples e que faz parte da própria natureza...

A água escorre através dos rios para finalmente encontrar novamente o seu equilíbrio no mar...

Em seu caminho pode ficar armazenada em lagos, barragens ou diques e encontrar o seu equilíbrio momentâneo por lá...

Mas se o dique estourar, toda aquela água vai escorrer feito louca...

Toda aquela energia ali acumulada vai arrasar tudo o que na sua frente encontrar...

Isto com a nossa amigável água...

Estou deixando os ácidos fora deste cardápio...

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Essas “explosões” de energia que nos aparecem na tentativa desesperada de encontrar o mais rapidamente possível o equilíbrio perdido, é o que nós vemos também, nas chamas e explosões provocadas nos curtos-circuitos da nossa rede elétrica, no som do pneu rebentando ou mesmo no grito emitido pelas nossas gargantas quando qualquer objeto pesado que nos cai da mão, e encontra o seu equilíbrio bem lá em baixo no nosso dedão do pé... rss...

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Mas afinal quais são as nossas necessidades de armazenamento?...

Clique para aumentar
Até que por apartamento é pouco, mas quando extrapolado para a cidade os números são de arrasar...

Eu já escrevi duas ou três vezes esta parte, mas não tem jeito, fica complicada, de difícil compreensão, um tédio mesmo...

Vou-vos deixar vários link’s de estudos e fabricantes e vou partir para as minhas conclusões...


Conclusões

O ideal seria um sistema modular por apartamento de forma a que cada um possa administrá-lo a seu bel-prazer, e upgrades (atualizações) sejam possíveis quando necessários se tornem...

Um sistema energético totalmente autônomo...

Será que tal é possível?...

Farei um super resumo das alternativas existentes e indicarei porque as descartei...





1ª. Bombeamento de água entre dois lagos que se situam a alturas diferentes

Para esta solução são necessários dois lagos com grandes diferenças de altura entre eles – 200 a 400 metros.

Pontos negativos:

Investimentos altíssimos
Dificuldade de encontrar locais compatíveis
Transporte de energia
Sistema não modular

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2ª. CAES - (Compressed air energy storage)
Armazenamento com ar comprimido


Ar comprimido em cavernas...

Pontos negativos:

Investimentos muito altos
Dificuldade de encontrar locais compatíveis
Transporte de energia
Sistema não modular

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3ª. Flywheels – Rodas voadoras

Muito boas para se obter 5 segundos de energia...

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4ª. Baterias...

Tem de todos os tipos e tamanhos...

De todas elas só as novas baterias chumbo ácidas, evolução daquelas que usamos nos nossos carros, é que apresentaram alguma viabilidade...

O grave problema destas baterias é que não agüentam muitos ciclos profundos de descarga (DOD – deep of discharge)...

Mas se as dimensionarmos de forma a não ultrapassarmos os 50%, alcançam os 2mil ciclos, que se traduz em 5 anos (a 1 ciclo por dia)...

Como já é uma tecnologia bem amadurecida e a mais usada, fui ver se seria economicamente viável...

http://ferramentas.grandemercado.pt/lisboa/energias-renovaveis/bateria-opzv-2v-2500ah-215974.htm

O kit:

8 painéis fotovoltaicos de 185 W
16 baterias gel opzv 2V 200AH
controlador de carga
inversor

Sairá rondando os R$7.500 reais (USD$4.400 // Euro$3.200) (sem impostos) se comprado em quantidade...

Quando extrapolado para o ciclo de vida de 25 anos e colocando impostos, juros e manutenção obtemos uma prestação mensal de:

R$110 reais
(USD$65 // Euro$47)...

Embora o KW/h seja quase o dobro do que pagamos atualmente, o montante total é comportável...

Uma solução já temos...
Mas será que dá para melhorar?...




Bateria de sódio enxofre – NAS

Muito usadas no Japão, atendendo à existência dos materiais que a compõem...

Pontos negativos:

É a tal sopa química a 350 graus...
Apresenta uma boa concentração energética, mas creio não ser a mais indicada para zonas residenciais...

http://www.ngk.co.jp/english/products/power/nas/index.html
http://www.ngk.co.jp/english/products/power/nas/movie/movie_nas_english.html
http://www.enernoc.com/enerblog/big-batteries/
http://www.leonardo-energy.org/webfm_send/164


Baterias de fluxo (Flow bateries)


Vanádio Redox (VRB Flow Batteries)



http://thefraserdomain.typepad.com/energy/2006/01/vandium_reflux_.html
http://www.pdenergy.com/about_companyvideo.html
http://www.pdenergy.com/products_vrbess.html


Brometo de Zinco

http://www.redflow.com.au/KnowHow_Storage.htm
http://www.zbbenergy.com/products
http://www.premiumpower.com/

As baterias de fluxo surgiram com o intuito de dar resposta à crescente necessidade de grandes armazenamentos de energia...

O fluido é constantemente bombeado (por isso chamam de fluxo) durante o seu funcionamento.

Como característica mais interessante é que basta aumentar a quantidade de eletrólito (liquido da bateria) que a sua capacidade aumenta...

Pontos negativos:

Sistema não modular
Embora tenha chegado a valores 16% inferiores aos das baterias de chumbo, a concentração química me deixou muito preocupado...


SMES (superconductor Magnetic Energy Storage)
Armazenamento de energia magnética através de supercondutores.

Pontos negativos:

Sistema muito caro que usa temperaturas criogênicas e supercondutividade e ainda se encontra em fase de desenvolvimento.

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Mas nem tudo são más notícias...

Depois de muito procurar encontrei umas baterias bem interessantes...


As baterias em estado sólido da Xtreme Power...

São extremamente pesadas e com uma baixa densidade energética, mas como espaço não nos falta e não vamos ter que as carregar ao colo, está bom demais... rss...

Embora ainda não apresentem soluções para pequeno porte, seu preço e quantidade de ciclos são bem promissores...

Clique para aumentar

http://www.xtremepower.com/index.php
http://gigaom.com/cleantech/xtreme-power-a-super-battery-for-hawaiian-wind-farms/
http://www.xtremepower.com/download.php?file=technology.pdf
http://www.xtremepower.com/download.php?file=SpecSheet_DPR15-100C.pdf

Clique para aumentar

Dão a garantia de 20.000 ciclos (a 1 ciclo por dia = 54 anos) se usadas até 50% da sua capacidade de descarga (DOD 50%)...

Clique para aumentar
Uma performance 10 vezes superior quando comparadas
com as atuais baterias chumbo ácidas...


Não nos dizem a sua composição química, embora afirmem serem 95% recicláveis – será?...

Desta forma a prestação mensal passaria para:

R$57,70
(US$33.9 // Euro – $24,50)...

E o KW/h fica em:

R$0,49
(US$0,29 // Euro $0,21)...

Mais baixo do que atualmente pago – R$0,51... (com todos os impostos é claro)

Nota: O fato do preço do KW encontrado ser inferior ao que me aparece na minha conta de luz, não quer dizer que seja mais barato produzir eletricidade com os painéis fotovoltaicos que por hidroelétricas...

Os R$0,51 pagos por KW têm esta composição:


Como podem verificar, a energia e sua distribuição custam R$0,17, mas a companhia de distribuição cobra R$0,19 centavos pelo seu serviço e ainda aparece R$0,11 de impostos...

De qualquer forma...


Uma grande vitória...

Conseguimos baixar muito a conta de luz e ainda reduzir o preço pago por KW...

E utilizando a forma mais cara de captação de energia:

– painéis fotovoltaicos -

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Verifiquei também outro sistema que sempre considerei muito promissor, mas quando fiz uma análise de ciclo completo de energia, me surpreendi...

Pode ser considerado um CAES (ar comprimido) doméstico, feito em pequena escala...

Seria uma solução muito boa, pois funcionaria como uma bateria mecânica, não poluente e de ciclos infinitos...

Clique para aumentar

Não tem nada de novo e inclusive a MDI já a tem disponível comercialmente, mas...

O rendimento do ciclo energético deu-me 33%...

As leis da termodinâmica cobraram alto, pois não aproveitei o calor produzido pelo sistema, já que aqui nos trópicos calor é o que não falta...

No entanto, para países ensolarados, mas com invernos frios (como Portugal, Espanha, Sul de França, Itália, etc. ...), talvez possa ser uma solução bastante viável, já que o calor produzido pode ser aproveitado para aquecimento central e de águas elevando o rendimento do sistema para valores que rondam os 80%...

Repararam como o rendimento saltou de 33% para 80% só porque não deitamos fora a outra energia produzida?...

Na transformação em energia mecânica, sempre acabamos produzindo calor, que se aproveitado nos dá um bom rendimento, mas quando desperdiçado...

A coisa é drástica e beira a calamitosa...


Exatamente o que acontece com maior parte das nossas centrais térmicas e nossos carros...

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Eu sei, falta o fogão e a água quente para os banhos...

Aqui eu suponho que irei surpreender maior parte de vocês...

Vocês sabiam que existem fogões solares?...

Não sabiam?...

O seu preço deve ser de arrasar, já que não se usam...

Certo?...



Totalmente errado...

Um fogão solar pode ser construído por qualquer pessoa em 10 minutos – incluindo o cafezinho - e custa cerca de 5 reais (US$2.90 // Euro $2,10)...

Pormenor...
Não queima o feijão... rss...

Sim...

Mesmo se a cozinheira se distrair vendo novela, não tem problema...

Isto com certeza salvaria alguns casamentos... rss...

Não estou brincando, basta uma caixa de papelão, algum papel alumínio para forrá-la por dentro, um vidro (componente mais caro) e a panela a ser usada tem que ser de cor preta e colocada em cima de 3 seixos e...

Voilá...

Um fogão solar como que nasce por encantamento...

Demora quase três vezes mais, mas também por esse preço não estavam à espera de milagres, pois não?... rss...

E existem de muitos modelos e feitios, muito mais eficientes que esse apresentado, são consideradas soluções para países ou regiões muito pobres, onde a lenha ainda é usada como fonte de energia na cozinha...




Neste link já aparece outra versão um pouco mais sofisticada:
http://www.kitv.com/video/16158443/detail.html

Mas todos eles padecem do mesmo problema:


Sem sol não funciona... rss...

É claro que ter que vir para o quintal ou varanda para cozinhar, também pode não ser a opção mais prática...

Tudo isso é verdade, mas será que haverá formas e maneiras de se contornar tais problemas?...

Há sim e são bastante fáceis...

O homem há muito domina essas tecnologias...

Porque não se usa?...

O gás é sem dúvida nenhuma uma alternativa muito mais prática e dá muito melhor resposta para os edifícios altos que tanto estão na moda, já que todo o mundo parece querer viver atulhado no mesmo local...


Mas não pensem que é uma coisa nova...


Já existe há bastante tempo e é muito viável sim...







Olhem só o exemplo que nos chega da Índia...

Isso mesmo...

. Não estão vendo errado...

São mesmo 35 mil refeições num dia...

Isso dá quase que para toda a nossa cidade verde, se as restantes 15 mil estiverem de dieta é claro... rss...

http://listserv.ises.org/solarfood/pages/solarfood2009/4_Presentations/15_January/16_G.Pilz_BK_SolarCommunityKitchen.pdf



A média do gráfico acima é de 21,5 mil refeições por dia...



E não são só refeições...

Temos mais um montão de água quente fervente e chá para um exército...


Eu sei que de vez em quando o sistema não produz nada...

Zero mesmo...

Mas será que não poderá ser feito um “pequeno” estoque?...

É claro que sim...

Repararam no custo? US$250 mil...

Se esse sistema funcionar durante 10 meses por ano e por 20 anos,
cada refeição custa em energia: US$ 0,0019...

Isso se traduz num gasto por apartamento e por mês de US$0,41...
Mas vamos dobrar esse valor para não haver erro e sobrar muita água para banhos...

A conta de gás – neste caso vapor - será então de:

US$0,82 por mês...
(R$1,39 // Euro $0,59)

Gostaram do preço?...

O fogão como seria?...

Podem ser essas esfuziantes placas vitrocerâmicas só que em vez de eletricidade ou gás, usa-se vapor... Simples assim...

A temperatura vai depender da quantidade de vapor usada,
mas o controle pode ser eletrônico...

É claro que discos de ferro fundido também funcionam muito bem...


O forno também não apresenta qualquer problema, já que o vapor alcança 650 graus e nós só necessitamos de 180 a 250 para os nossos famosos assados...

Água quase fervendo também pode ser disponibilizada, para que as refeições possam ser feitas com maior rapidez...

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Viram como a racionalidade funciona bem?...

Mesmo usando o sistema mais caro de captação de energia, conseguimos baixar muito a conta de luz e um preço por KW/h menor se comparado com o que atualmente pagamos (aqui no Brasil) e a conta do gás – no nosso caso, vapor - mais ficou parecendo gorjeta de botequim...

Ambos os sistemas terão que ter apoios emergenciais baseados em qualquer biocombustível - biodiesel, álcool ou mesmo lenha – para alimentar geradores ou caldeiras e colmatar eventuais roturas emergenciais de estoque, embora creia que a energia eólica nos possa suprir as inconstâncias solares...


Como vêem existem sim soluções...

É bom ficarmos de olhos bem abertos...
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Será que alguém pode acender a luz aí?...

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Eu sei que só resolvemos 10% das nossas exigências energéticas e que o grande desafio será o transporte...

Uma coisa é acender uma lâmpada, outra é alimentar mais de um bilhão de veículos...


Haverá solução para tamanho problema?...