quarta-feira, 23 de março de 2011

028 – C. V. – Alimentação Sustentável

Estamos chegando às 70.000 visitas...

"Tá" a ficar sério... rss...


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Minhas queridas amigas leitoras (es),

Todos os novos seguidores sejam bem vindos à nossa já grande família...
Todos os comentários são bem vindos também...

Primeiro desejo dar as boas vindas aos três novos seguidores que se tornaram membros do nosso blog...
Verônica, Isaura Gomes e Mirote, sejam muito bem vindos...

Desejo também agradecer a todos os anônimos que deixaram comentários, muito obrigado a todos e sejam muito bem-vindos...

Agora vamos responder aos 68 comentários feitos na ultima postagem:

Anônima – “poucos comentários?” – Você tem toda a razão ao criticar o meu desabafo, mas é que eu estou mal habituado... O Blog estava com uma média (alta eu sei) de 100 comentários por postagem, daí eu me queixar (de barriga cheia) quando eles baixaram para 4... Mas não tem mistério não... Se você tiver algo de novo, interessante e instigante, com certeza irá ter tantos, ou mais, comentários... Mas prepare-se para trabalhar... Este blog é fruto de centenas ou mesmo milhares de horas de pesquisa, compilação e estudo, que eu faço com muito gosto... Abs

Avó de Niterói – Me desculpe, eu distraí-me um pouco... Um beijo cheio de carinho...

Neilma – Ainda bem que me chamaram à atenção... Abs

Gloria Regina – Realmente todos sabem disso e parece que não estão nem aí, mas mais tarde ou mais cedo e realidade se imporá a esses devaneios... Mas assim que a gasolina começar a faltar nos postos, tudo mudará com certeza... Obrigado Glória Regina, abraço...

Oi Filhão – Fui à net para ver onde a tinha ouvido – foi num filme do youTube do TED em que William McDonough da Cradle to Cradle Design (C2C) nos mostra de maneira bem eloqüente os disparates que o homem vem fazendo... Eles estão desenvolvendo cidades verdes na China... Me parecem pessoas muito competentes e responsáveis. Vale a pena ver o(s) vídeo(s) - http://www.youtube.com/watch?v=VO-oO7uULcc... Valeu garoto beijoooos

Rodrigo e Flavinha – Meus queridos pupilos virtuais, fico muito contente ao saber que vos estou ajudando a ver o mundo de uma nova perspectiva e que tal vos instiga a pensar... Flavinha, não chore que não tem porquê... Acha mesmo que eu vos abandonaria?... Aguardem... Talvez o fim do Blog seja um pouco mais surpreendente do que vocês imaginam... E lembrem-se sempre que: “o fim de algo sempre corresponde ao inicio de outra coisa”... Grande abraço galerinha...

Minha querida amiga Clementina – Você sempre me toca da forma como comenta o nosso Blog e de como se refere a mim... Não se preocupe, que eu sempre termino os meus projetos e este - que considero o mais relevante da minha vida - com certeza não o deixarei inacabado... Muito obrigado pelo seu carinho e pelas palavras de incentivo. Quanto aos elogios “estou babando até agora”... rss... Um beijinho bem carinhoso...

Oiiiiiiiiiiiiiiiii biazinha, minha querida sobrinha virtual e sua família – Eu sempre respondo a todos vocês, mas eu entendo, por vezes demoro um pouquinho demais... Não se preocupem eu não vou esquecer de vocês... rss... Realmente, as catástrofes estão se sucedendo de uma forma inaudita... Primeiro aqui no Brasil seguido pela Austrália e agora o Japão com uma violência de pasmar... Dá que pensar... Lutar como?... Divulguem debatam e discutam as vossas idéias e depois façam-nas valer... Lembrem-se: Vocês são vocês o futuro desta nação... Exijam os vossos direitos... Esta nação é vossa e não dos governantes... Eles têm por missão de transformar em realidade os desígnios do povo... E se acham que não estão sendo ouvidos, berrem mais alto... Vão para a internet, mostrem que existem e que sabem o que querem... Demonstrem as vossas preocupações e exijam respostas... Mil beijos carinhosos para essa querida família e um especial para si e outro para a vovozinha...

Rosa Maria – É verdade o nosso Blog está andando bem rápido... Os números são bem contundentes e quase irreais (pelo menos para mim... rss...)... Que bom que o resumo a ajudou, mas realmente se fazia necessário... Um grande abraço carinhoso para si também Rosa Maria...

Rosangela – É verdade... Vocês quase me deixaram aqui escrevendo sozinho... rss... Mas é assim mesmo, férias+festas+carnaval... Mas parece que tudo se restabeleceu... rss... O Brasil é assim: Só depois do carnaval é que volta a funcionar em pleno... rss... É verdade o nosso Blog está chegando ao fim, mas... tcham, tcham, tchammmm... Parece que vai haver novidade... O mistério continua... rss... Grande abraço Rosangela e bem vinda de volta à nossa cidade verde...

Mariana – Eu quase chorei de tanto rir... Essa sua estória do seu tio é fantástica... Muito legal mesmo... Adorei... E não tem nada de “bobos”... Eu lhe agradeço muito o fato de ter dividido essa peripécia bem hilária conosco... Isso só prova que o nosso Blog está fazendo as pessoas pensar... Grande abraço para si e para o seu tio...

Fabíola – Seja bem vinda à nossa cidade verde... Muito obrigado pelo seu comentário...

Sara Almeida – Agora eu estou confuso... Suponho que você seja nova na nossa cidade verde... Eu sei que tem Sara e Sarita, mas senão for me desculpe é que a família cresceu muito e eu já não estou dando conta do recado... rss... De qualquer forma seja muito bem vinda Sara Almeida e muito obrigado pelo seu comentário...

Anônimo – “todos apostam na tecnologia” – Realmente necessitamos de ter cuidado com toda essa tecnologia apregoada... Valeu pelo comentário abs...

Anônimo – “Então o Aptera ainda não é a solução ideal” – Isso não que dizer que não esteja no bom caminho... – Obrigado pelo seu comentário... Abs...

Anônimo – “É FANTÁSTICO... PLIM!” – adorei...

Anônimo – “Parabéns pela lisura de suas sábias idéias” – Valeu... Estou babando até agora... rss...

Sara – “Agora estão todos voltados para as usinas nucleares e o petróleo” - É verdade... Eu nem falei da energia nuclear, pois não sei o que dizer de uma energia que nos deixa um resíduo tão tóxico que é capaz de alterar as nossas (e de qualquer ser orgânico) células, e cujo praza de validade ninguém sabe embora especulem 10 mil anos... Já viu se uma desgraça dessas atinge um local de armazenagem desses resíduos... Só o ser humano é capaz de fazer semelhante e catastrófica besteira... Valeu Sara...

Vanessa – Bem vinda à nossa cidade e muito obrigada pelo seu carinhoso comentário...

Rosália – Eu sei, a moeda é bem utópica... Seja bem vinda à nossa cidade, sinta-se à vontade... rss... Muito obrigado pelo seu comentário Rosália... Abs...

Angélica – Eu sei peguei um pouco pesado demais na energia... Mas acho que me redimi com o resumo... rss... Beijo grande e carinhoso Angélica...

Minha querida Maria Constância – “...dignas de um mestre PHD” – Exagerou um pouquinho, mas tudo bem... rss... Fico muito contente quando vejo que vos fiz pensar e ver que todos nós temos que fazer a nossa parte e que não adianta só culpar o governo... Não que ele não tenha a sua cota de culpa... Mas estou confiante que aos poucos vamos chegar lá... Muito obrigado pelo seu carinho Maria Constância, grande abraço...

Oi Letícia... – Pois é... Deixaram-me aqui sozinho e depois quando voltam quase não reconhecem mais a nossa cidade... rss... Brincadeirinha... Sabe que escrevi no “cidades e soluções” por sua causa?... Instiguei o André: “E se a cidade fosse a solução?” e disse-lhe para visitar a nossa cidade verde... Ele só tem mais de 300 e-mails para ver pelo que só talvez quiçá, nos visite daqui a alguns anos, ou quando o petróleo faltar... rss... Gostou do carro hein?... Aquela estação é tão somente um pequeno shopping com restaurante, snack-bar e um bom e confortável banheiro... Só para relaxar durante a viagem... Fiquei contente por ter gostado... Grande e carinhoso beijo...

Flavinha – Eu já postei... rss... Beijoooooooooos...

Gabriel – Bem vindo à nossa cidade Gabriel...



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028 – C. V. – Alimentação Sustentável


ALIMENTAÇÃO SUSTENTÁVEL


Continuamos com energia...

Mas desta vez energia para o nosso corpo...

Vocês devem estar se perguntando:

Por que falar de alimentação na nossa cidade verde?...

À priori realmente não tem nada a ver, mas quando se pensa um pouco mais, a nossa opinião se altera...

A segunda necessidade do homem é o alimento...

Vamos recuar um pouco no tempo...

Inicialmente nós tínhamos de estar sempre nos deslocando para suprirmos nossas necessidades alimentares baseadas em frutos silvestres, vegetais e alguns intrépidos mamíferos de pequeno porte, e tínhamos uma alimentação bem semelhante à dos primatas atuais...


Alguns estudiosos dizem-nos que teríamos disputado as carcaças abandonadas pelos carnívoros, com os necrófagos (hienas, abutres, e
tc.), pois atribuem o desenvolvimento do nosso cérebro à ingestão do tutano dos ossos...

Tempos difíceis...

O nosso corpo sabiamente fazia reservas sempre que possível, já que muitas vezes o alimento se tornava escasso...

Com o grande evento da descoberta da agricultura, há bem pouco tempo atrás – 12 mil anos – o homem deixa de ser nômade, se estabelece e o alimento ficou mais constante...

Mesmo assim, teve que aprender muitas coisas,

já que os segredos da natureza custam a se revelar...



Descobriu as estações do ano, os solstícios e a influência quase mágica da água e do sol para que o despontar da vida vegetal seja possível...

Até aos dias de hoje o homem continua tentando desvendar tais mistérios, mas se depara com tamanha complexidade que mais parecem divinos...

Os produtos da caça e da pesca completavam a sua ementa, tal como ainda hoje acontece nos povos a que chamamos (a meu ver erroneamente) de primitivos...











Entramos na domesticação animal...


Ela não ocorre de uma só vez...

Primeiro de forma simbiótica, em que ambos os lados tiram proveito para logo se transformar num esclavagismo desarmônico ao matarmos e comermos o ser domesticado, ou melhor dizendo escravizado...

Nasce a pecuária e seus rebanhos...

E com ela a riqueza...

“Pecus” quer dizer “cabeça de gado”

e é daí que também vem a palavra “pecúnia” (moeda, dinheiro) ou “pecúlio” ainda hoje usado com o significado de reserva de valor...


Aqui nós temos que parar para pensar...

Porque o gado era, e ainda é, sinônimo de riqueza e valor?...

Primeiro, porque é um artigo que todo o mundo quer... E a lei da oferta e procura se faz presente...

Segundo, porque é uma reserva estratégica...

Na falta de outro tipo de alimento temos aquela reserva de alto valor calórico que nos pode suster por vários dias ou anos, até porque ela não concorre com os nossos alimentos, pois nós não comemos capim...

Sim...

Pode ser a diferença entre
a vida e a morte...

E antigamente isso era bastante freqüente...

Alimento mal armazenado, pragas, secas, inundações, guerras e um sem números de outras catástrofes, tornavam o cenário alimentício bem inconstante...


Mas essa reserva não saía barata não...

Quiçá por isso era (e ainda é) sinônimo de riqueza...


No caso dos bovinos, para cada quilo do animal foram necessários sete de uma boa ração...

Mas a maioria do animal é composta de couro, ossos, gordura, etc. ... E carne mesmo, só sobra cerca de 40%...

Quando refazemos direito as contas, verificamos que cada quilo de carne nos custou realmente 17 quilos de ração...

É um esforço tremendo... A alternativa é criá-lo em pasto aberto, mas...
Tal se traduz em grandes extensões de terras e de pessoas para cuidá-las...

Cada bovino necessita de 10 a 20 mil m2 (1 a 2 Hectares) de terra para se alimentar, é muita terra mesmo...

E ainda é preciso cuidar do pasto, bebedouros, tratar de suas doenças e crias...


Desta forma entendemos porque essa carne sempre foi muito cara e elitizada...

Voltemos aos nossos dias...

O mundo está consumindo cada vez mais carne...

O seu consumo está diretamente ligado com o nível de vida alcançado...

A China vem paulatinamente aumentando o seu consumo, mas seu imenso número de habitantes logo faz disparar todos os alarmes...


Entre 1990 e 2002, aumentou de 25 para 50 kg o seu consumo per capita...


Como lá a carne mais consumida é a suína criada em regime fechado, levou à explosão do consumo de ração que é composta em sua maioria (70%) por milho e em 2010 já estava consumindo cerca de 165 milhões de toneladas deste cereal...

É claro que só vamos verificar seu real impacto quando sabemos que a produção mundial ronda os 600 milhões de toneladas por ano...

Continuamos sem saber o que isso tem a ver com a nossa cidade verde...

Mas eu explico...

O seu dimensionamento assim como o seu impacto ambiental, vai depender em muito do que nós decidirmos comer...

Lembram-se da definição de alimentação sustentável?...

Se nós quisermos sobreviver como civilização, não podemos usar todo o planeta a nosso bel-prazer...

Para termos uma pequena idéia, se por algum acaso o homem acabar com as abelhas, só isso pode pôr em causa a nossa civilização...

Quem vai ter esse imenso trabalho de ir de flor em flor fazer a troca de polens?...

Como seres conscientes e racionais –“coisa que eu cada vez mais ponho em causa” – temos por obrigação de saber que este planeta não é só nosso e que dependemos e muito, de todo esse imenso e riquíssimo eco-sistema...

Vamos ver o que isso significa?...


Neste gráfico os círculos variam de tamanho de acordo com o regime alimentar e o manejo dos animais adotados...

Por baixo da linha grossa vertical marrom, aparece-nos a área total da cidade que varia de 63 a 543 km2...

A variação é bem grande, mas vou traduzir de outra forma para se tornar ainda mais clara...

Se optarmos pelo regime vegetariano, dá para acondicionar (teoricamente) 4.000 cidades no Estado de S. Paulo onde poderiam habitar 200 milhões de pessoas (toda a população do Brasil)...

Já na ultima situação em que optamos por comer carne e criar os bovinos em regime aberto, necessitamos de 8,5 Estados de S. Paulo para acomodarmos as mesmas 4.000 cidades...


Reparem que nas outras duas situações intermédias a nossa carga de trabalho aumenta significativamente, pois temos de plantar as rações...

Sabiam que cerca de 70% dos antibióticos dos Estados Unidos são destinados aos animais?... Sim, ainda temos que contabilizar tudo isso...

http://www.simbiotica.org/alimentacaoeclima.htm


Se retirássemos os bovinos do nosso cardápio, já resolveríamos o problema de espaço e impacto ambiental, no entanto se déssemos o passo correto, não direi do vegetariano restrito, mas...

Se optássemos pelo regime chamado ovolactovegetariano (que come ovos e produtos lácteos de origem animal), e estabelecendo reais e respeitadas simbioses com os animais, onde trocaríamos a comida pelos seus produtos, creio que poderíamos dizer que finalmente tínhamos encontrado o verdadeiro equilíbrio com a natureza e realmente a respeitávamos como seres conscientes, evoluídos e civilizados...

Desta forma simples e bem racional, nós resolveríamos muitos problemas...


O nosso trabalho reduziria muito...

A alimentação seria muito mais saudável...

A pressão sobre os medicamentos e estabelecimentos de saúde seria muito menor...

E poderíamos dormir com a consciência mais limpa, por não termos necessidade de assassinar todas essas criaturas que nunca mal nos fizeram e em contrapartida, deixaríamos mais terras livres para que habitats naturais fossem restabelecidos e pudessem voltar a acomodar seus espécimes natos que tanto têm sofrido com a pressão desmesurada de uma civilização predatória, inconsciente que beira o insano...





Eles também necessitam do seu espaço neste planeta...


Não falei sobre o mar, pois a coisa está tão feia por lá, que tudo indica que se continuarmos pelo presente caminho, nos próximos 50 anos, chegaremos à sua completa exaustão...



Deixo-vos aqui um vídeo que tem a colaboração do Paul McCartney intitulado:

“Glass walls - Paredes de vidro”

... onde se pode ver muita da atrocidade por nós praticada com os animais que dão suas vidas para nos servirem de alimento...


Não é recomendável para pessoas sensíveis – No entanto todos os jovens que já terminaram a sua adolescência deveriam vê-lo para se inteirarem dessa dura realidade que nos é velada...





Alguns links usados:
http://earthtrends.wri.org/searchable_db/index.php?step=countries&cID[]=38&theme=8&variable_ID=193&action=select_years
http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/06/080601_carne_marinafaorg.shtml
http://www.associatedcontent.com/article/1466090/beef_consumption_has_risen_240_in_china.html
http://vista-se.com.br/redesocial/consumo-mundial-de-carne-per-capita/
http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=944&Itemid=104
http://www.viniart.com.br/lucioWhybrasil/whyBrasil.aspx?m=2&p=5&v=0
http://amazoniainforma.blogspot.com/2010/03/devastacao-da-amazonia-eleva-emissao-de.html
http://porkworld.com.br/noticias/post/china-deve-mudar-seu-perfil-para-importadora-de-milho
http://www.clichoje.com.br/?open=eJyzL0i3zcsvyUzOTFRLzk%2FJTM%2B3NbE0NDcBAG1CCBw%3D&&.html

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Qual será o próximo assunto?...

O mistério continua... rss...





sábado, 5 de março de 2011

027 – C. V. – Energia - parte 07

Já temos 40 paises nos espreitando...

Como tem curioso neste mundo... rss...


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Minhas queridas amigas leitoras (es),

Todos os novos seguidores sejam bem vindos à nossa já grande família...
Todos os comentários são bem vindos também...

Minhas queridas amigas Laura e Penha – Eu sei que este lado mais técnico, embora importante, é demasiado insípido e embora mexa com o social, acabamos por nos perder meio a tantos números e medidas... Espero que o resumo feito ajude a me redimir... Beijos carinhosos...

Rodrigo e Flavinha – O fim está próximo sim, só faltam mais dois assuntos... Mas quero esclarecer que não é que não haja outros caminhos, aqui nós fomos ver se conseguiríamos encontrar soluções numa cidade projetada no sentido da sustentabilidade e como vimos as soluções são relativamente simples... Abraços meninos, tudo de bom...

Fernanda – O desfecho está para muito breve... “brigado” pela força... Beijos carinhosos...

Bia e família – Oiiiiiiiiiiii minha sobrinha virtual... Espero que as coisas já estejam estabilizadas e que não tenha sido nada de grave... A vovó tem toda a razão, estava técnico mesmo, mas... (e este “mas” é importante) eu fiz um resumo para ajudar um pouco... Relativamente ao governo, eu discordo um pouquinho... Somos nós que temos que pedir as medidas... Eles têm por obrigação de nos dizer quais são os planos para os momentos difíceis que se avizinham... Beijinhos e braços para toda a família...

Paulo Roberto e Elizabeth – Toda a Europa e mesmo os Estados Unidos e China, estão aumentando tremendamente as energias alternativas... Portugal já tem várias centrais de energia fotovoltaica e está começando a equipar as casas com painéis FV ligados à rede, como acontece na Alemanha... Todo o movimento está sendo feito sem grande alarde para se tentarem manter as posições de poder e comando, mas creio que vão ter que acabar cedendo... Atualmente a internet tem um poder muito grande e os eles vão ter que ceder pelo menos um pouco mais... Para isso é claro, o povo tem que ser bem mais culto e educado... Grande abraço...

Minha querida amiga Clementina – Me desculpe, eu sei que peguei um pouco pesado demais, mas o assunto é bem sério e eu tenho que o tratar à altura da sua seriedade... Eu no resumo que fiz me justifico... Mas eu senti muito a falta de todas vocês... Viram, foi só reclamar que logo arranjei um jeito de fazer um resumo maneirinho... rss... Mas se alguma dúvida persistir é só avisar que eu tenho todo o prazer em explicar... Um beijinho bem carinhoso Clementina...

Marinete – Valeu o toque Marinete... Espero que me tenha redimido, pelo menos um pouco com o resumo, mas se ainda tiverem dúvidas sobre qualquer coisa é só perguntarem... Eu sei que não é a vossa área, mas eu também não sou “expert” em assuntos como o lixo ou esgoto e também aprendi muita coisa com o nosso blog...
Mas essa tal da energia é assunto sério mesmo e todos têm que ter pelo menos uma boa perspectiva do grave problema que se avizinha... É a vossa geração que mais vai ser afetada... Fiquem alertas... Daí o resumo... Valeu mesmo Marinete, grande e carinhoso beijo...

Oi seguidoras da Bahia – Grande abraço para vocês também...

Estudantes de Brasília – Valeu galera... Fiquem ligados... Grande abraço para vocês também...

Sarita – Valeu Sarita... Eu sei, “tá” um pouco difícil mesmo... Mas espero que agora tenho iluminado um pouco as coisas... Grande abraço Sarita...

Oi minha querida amiga Almerinda – Ficou um pouco difícil sim, mas é como falar de Roma sem falar do Papa... Não adianta... rss... Eu tinha que justificar e mostrar por números a gravidade da situação assim como as possíveis soluções, mas que ficou meio técnico demais sim, eu concordo... Eu como técnico que sou, acabo me entusiasmando um pouco... Tive que escrever umas três ou quatro vezes e essa foi a versão mais “light”, nem queira saber como eram as outras... rss... Espero que o resumo tenha esclarecido melhor as coisas... Me desculpe... Não foi por mal... Receba o meu carinho também... Obrigado Almerinda...

Doralice – Realmente tem números para todos os gostos... E essa energia é para assustar qualquer um... Espero que o resumo tenha retirado quaisquer dúvidas restantes... Mas se alguma persistir é só dizer que terei todo o prazer em esclarecer... Beijo carinho Doralice...

Galera da USP – Quando vocês se queixaram, eu vi que a coisa era grave... rss... Se vocês quiserem as planilhas das contas ou se tiverem dúvida sobre qualquer número, como eu cheguei lá, é só dizerem... As conversões são bem chatinhas, para não falar das eficiências e desperdícios e da matemática financeira à mistura... Grande abraço galera...

Queridas amigas Laura e Penha – Espero que o resfriado da D. Penha, já tenha passado e que nesta altura já a esteja acompanhando no chimarrão... Muito obrigado pelo vosso cuidado e carinho e me desculpem se “peguei pesado demais” nessa coisa da energia... Espero que o resumo “romântico” tenha ajudado... Vamos ver se nos próximos capítulos a poesia volta... Até eu estou com saudades dela... Muito obrigado pelo vosso carinho que retribuo... Beijinhos carinhosos

Oi Tainá – Não necessita de ficar com vergonha... É só dizer: Filipe não “tô” entendendo... Que eu dou um jeitinho... Viram como fiz o resumo rapidinho... Eu tenho que ser um pouco técnico às vezes, mas não quer dizer que não possa dar uma explicação mais “romântica”... E lembrem-se o blog é uni sexo... rss...Temos que nos recordar que a nota que os alunos tiram no teste espelha a competência de seu professor... De nada adianta vos tentar passar algo tão técnico se vocês nada entenderem... Tudo bem que tenha que demonstrar algumas coisas por números, mas existem limites... Me desculpe Tainá... O assunto é meio complicado mesmo e eu acabei tendo dificuldade de me expressar... Se duvidas persistirem é só pôr a boca no trombone... rss... Beijo carinhoso...

Maria Clara Cavalcante – Valeu, “brigadooooooooo”


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027 – C. V. – Energia - parte 07

TRANSPORTE ENTRE CIDADES



Vamos agora tentar resolver o transporte de passageiros entre cidades.

Embora esta parte seja quase insignificante, relativamente ao cômputo geral, já que representa somente cerca de 4,5%, não quer dizer que possa ser desprezada...

Existe outro fator que temos que levar em consideração e é muito importante para todos nós:

A segurança...

Morrem atualmente cerca de milhão e meio de pessoas todos os anos nas estradas deste mundo e o Brasil tem um lugar de destaque bem pouco honroso nesse ranking de devastação humana...

Vamos tentar encontrar soluções em que ambos os aspectos sejam levados em consideração e se enquadrem na sustentabilidade que necessitamos...





Quando verificamos qual o meio mais econômico de transporte de passageiros – energeticamente falando – o trem se destaca muito...

Ele é sem dúvida nenhuma um fantástico meio de transporte, mas tem os seus problemas também...

Além dos altos custos operacionais, são muitos os acidentes que causa...


Maior motivo:

Incapacidade de frenagem...

Para maior parte de nós acaba passando despercebido tal fato, pois consideramos que um meio de transporte tão consagrado, com certeza apresenta características mínimas de segurança...

Pensem de novo...

Um trem necessita de uma distancia enorme para parar...

A 50 km/h ele necessita de cerca de :

320 metros...

Mas o problema é mais grave porque – segundo as fórmulas da física – essa distância varia com o quadrado da velocidade e diretamente com o peso...

Isso se traduz desta forma:

A 50 km/h ele necessita de cerca de 320 metros...

A 80 km/h - 820 metros...

A 120 km/h - 1.842 metros...

A 220 km/h - 6.200 metros...
(trem previsto para Rio/S.Paulo)

A 550 km/h - 38 kms...
(trem mais rápido do mundo)



Ou seja...

Não adianta querer fazê-lo parar emergencialmente,
porque ele simplesmente não pára...


http://homepage.ntlworld.com/wilf.james/trains.htm
http://www.bav.admin.ch/aktuell/_veranstaltungen/00499/02482/02484/02490/index.html?lang=en



De acordo com a Federal Railroad Administration – USA – entre 2001 e 2010 houve 125.472 acidentes/incidentes de trem nos Estados Unidos que se traduz numa média de 34 por dia...

Um a cada 42 minutos...

http://safetydata.fra.dot.gov/OfficeofSafety/


Morreram no período 113 pessoas...

Uma média de 0,016 mortes por milhão de milhas percorridas (1 milha = 1,6 km)...

Se comparada com os carros verificamos que:



Nos últimos 10 anos (2000 a 2009) registraram-se 453 mil mortes por acidentes de carros nos EUA.

Dados: NHTSA – National Highway Traffic Safety Administration (USA)

http://www-fars.nhtsa.dot.gov/Main/index.aspx


Uma média de 0,014 acidentes por milhão de milhas percorridas...

Então o trem chega a ser 16% mais fatal que o carro...



Neste vídeo vemos experiências com trens de carros, mas os desafios são muito grandes, além do problema de termos que seguir um “motorista profissional”...


Nossos taxistas são “motoristas profissionais” e nós sabemos do que eles são capazes...

E realmente ir horas a fio atrás de um caminhão não é a coisa mais interessante do mundo...


A tecnologia necessária para prever o imprevisível é simplesmente brutal e os custos com certeza o refletirão...

Não creio que o caminho seja por aí...

No entanto se pegarmos o melhor que cada uma das tecnologias tem a oferecer e as simplificarmos creio que podemos encontrar uma solução bem atrativa...

Afinal quais são as nossas necessidades?

Nós precisamos de um transporte que:

1. Seja seguro.

2. Barato.

3. Na medida do possível rápido.

4. Flexível…

A google está tentando fazer um trem de carros…

A minha proposta é inversa:

Um carro trem...

Não entenderam?...

Eu explico...

Nós sabemos que os trens são o meio de transporte mais barato, mas temos que resolver primeiro seus problemas...

1. Porque eles não freiam bem?...

A resposta é bem simples... Seu peso...





Tal como acontece com os carros, aqui também se verifica que o homem adora mesmo, é transportar toneladas de ferro... Mais de uma por passageiro (quando lotado)...

Reparem que o peso do trem representa 91,5%...

Como podem ver, na sua melhor performance (totalmente cheio)

91,5% da energia é gasta para mover o trem e não as pessoas...


Amtrak preformance report – Agt 2010
http://www.amtrak.com/servlet/BlobServer?blobcol=urldata&blobtable=MungoBlobs&blobkey=id&blobwhere=1249215921391&blobheader=application%2Fpdf&blobheadername1=Content-disposition&blobheadervalue1=attachment;filename=Amtrak_1008monthly.pdf
Mas o relatório da Amtrak (linhas férreas do EUA) diz-nos que o percentual de passageiros é de 54.2%, o que quer dizer que os assustadores 91,5% passam para ultrajantes 95% e afinal acabamos transportando em média

mais de 2 toneladas por passageiro...



Parar tal massa rapidamente – 470 toneladas - é pura e simplesmente impossível...

http://www.nabiusa.com/BlueBird/bluebird-ultra-LF-specs.htm

Qual a solução?...

Essa é fácil... É só deixar de transportar todo esse ferro...

Fazer um trem leve...

Se nós colocássemos o nosso carro nos trilhos já seria considerado um grande avanço, mas podemos fazer bem melhor...

Se fizermos um carro bem leve, aerodinâmico, lhe retirarmos o combustível e com motorização elétrica vamos obter um carro no mínimo dez vezes mais eficiente e se não exagerarmos na velocidade, o consumo será muitíssimo baixo...

Traduzindo:

Seguir as leis da física…

O problema do carro elétrico para grandes distâncias é o peso das baterias, mas neste caso como ele segue um trajeto predeterminado pelos trilhos, podemos conectá-lo a uma energia externa através de um trole, como qualquer trem elétrico...

Como vêem continuo sem inventar nada... rss...



Neste vídeo eu fiz uma pequena brincadeira e dou uma indicação do que estou falando e aproveito para justificar alguns tempos mais longos de postagem... rss...

Mas se todos estão pensando que estou totalmente fora das minhas atribuições mentais, devo esclarecer que pelo menos não estou sozinho...



Creio que todos já conhecem o carro Aptera, da Aptera Motors de Oceanside, Califórnia – USA.

O conceito é bem parecido – não desprezar as leis da física – só que neste caso o carro tem que carregar as baterias e não anda sobre trilhos...

Na sua versão elétrica – o Aptera - não consegue resolver os problemas já falados – autonomia e carregamento...

Parecem dois problemas, mas é um só...

Se o carregamento fosse rápido, mesmo com uma autonomia menor, não haveria qualquer problema, mas com as 8h apregoadas de recarga, inviabiliza muitas situações...

Voltando ao nosso trem carro...



Se nós apontamos para uma velocidade de cruzeiro de 100 Km/h, que considero um bom compromisso entre tempo, velocidade e economia, a segurança também fica em grande parte resolvida...

Agora só temos que resolver a sua flexibilidade...

Um dos motivos que tanto gostamos do nosso carro é essa liberdade...

Por muito aborrecidos que fiquemos por ter que voltar a casa por causa de um esquecimento fortuito, é muito melhor que não o poder fazer...

Parar para comer alguma coisa ou resolver assuntos de bexiga urgentes, também deve ser levado em consideração...

Mas a solução já existe e é bem simples:

O controle automático de trens...

Neste caso, muito embora a quantidade seja muito maior, desde que os carros trens se comuniquem entre si e com as diversas centrais, o controle é muito simples, até porque eles não viajam a altas velocidades e têm uma boa capacidade de frenagem...

Dessa forma o sistema é bem fácil de controlar e fica tão flexível quanto qualquer via expressa, ficando os dois aspectos totalmente resolvidos...


Temos que nos lembrar que agora não temos necessidade de conduzir e podemos aproveitar o tempo para trabalharmos, colocar nossos papos em dia ou simplesmente nos divertirmos na net e vendo qualquer programa televisivo...

Em qualquer altura podemos rever o nosso trajeto indicando ao computador o novo destino ou mesmo paradas para relaxar um pouco.

Existe outra coisa que temos que levar em consideração...

Ao reduzirmos drasticamente o peso dos “trens”, a sua infra-estrutura agora ficou muito mais simples e não necessita de todos aqueles dormentes e cascalho que tornam tão dispendioso o seu assentamento...

O próprio trilho é estrutural, e sem toda aquela carga o seu assentamento pode ser muito simplificado através de módulos pré-fabricados...

Então o preço para construção dessas vias fica muitíssimo mais barato, se comparado com as atuais alternativas – vias expressas e linhas férreas normais -

e tudo se encaixa...



O norte americano viaja muito e mesmo assim o percentual das viagens de longa distância é muito baixo 0,4%, mas se somarmos os 4,1% de viagens de negócios obtemos 4,5%...

Este dado nos diz que só necessitamos na nossa Cidade Verde de

(4,5% x 13.824 famílias)

622 veículos...

Mesmo considerando um valor elevado de US$5 mil por veículo e um motor sobre dimensionado de 8 KW/h, o kit solar sairá por volta de US$14 mil...

Agora vários caminhos podem ser tomados:

1. Carros individuais por família

2. Empresa de aluguel de veículos por condomínio.


3. Empresa de aluguel de veículos, pública ou privada


4. Empresa de transporte, pública ou privada, que cobra por viagem.


Custos (aproximados) destes caminhos:

1. Gera uma prestação mensal de US$150,00 (R$255,00 // Euro$108,00).

2. Quando dividimos o uso de um veículo por 10 famílias essa prestação se divide por 10 também...
Ficando em meros US$15,00 mensais...
(note-se que a taxa de viagens fica em 10%
mais do dobro dos 4,5% atuais nos EUA)

Nas opções 3 e 4 os valores devem duplicar.

Com certeza a segunda opção seria a mais interessante, já em uso difundido na Alemanha, e temos que nos lembrar que aquela prestação inclui :

Veículo mais energia…

Independentemente do(s) caminho(s) adotado(s), a solução encontrada economiza muita energia

cerca de um décimo relativamente ao trem -

e é econômica e tecnicamente viável, e resolve todos os nossos quesitos...

A manutenção deste tipo de vias atendendo à baixa carga e aos materiais utilizados terá valores insignificantes...

Serviços de assistência a cada 20 km criam uma taxa de serviços mensal ou anual, mas de valores também quase desprezíveis.

O preço da execução da estrada de ligação entre cidades, terá que ser absorvido na prestação dos imóveis, ou em casos extremos – vias com muitos viadutos e pontes - um pequeno pedágio...

Mais um assunto difícil resolvido de forma bem simples e prática usando tecnologia mais do que comprovada...

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Transporte de carga



Cerca de 25% da energia gasta em transportes é no setor de carga...

Qual a que usa menos energia?...


O transporte de carga por trem gasta quase 8 vezes menos energia que os caminhões...




Neste estudo feito pela universidade de Iowa, USA verificamos que os preços - mesmo quando consideramos custos indiretos – espelham as diferenças de energia encontradas, chegando a ser 7,3 vezes mais caro o frete de caminhão...

Mas...

Clique para ampliar

Apesar disso, 70% dos fretes são feitos por caminhão...

Porquê?...

Como o frete sendo muito mais barato e gastando muito menos energia é preterido pelo caminhão?...

As razões que eu encontro são:

1ª. Flexibilidade e comodidade.
O frete porta a porta está muito difundido e é muito competente...

2ª. Confiabilidade
Pode-se confiar nos prazos e na integridade da mercadoria...

3ª. Custo pouco significativo
Em muitos casos o valor do frete percentualmente ao valor da mercadoria pode ser tão baixo que mesmo sete vezes menor pouco ou nada influencia...


4ª. Muita concorrência
Tendo todos os nichos sido preenchidos com competência...


5ª. Monopólio
Já o frete por trem, normalmente monopolizado, impõe suas regras, por vezes não acolhe bem o cliente e nem sempre lhe dá soluções fechadas...


E assim o país gasta quase 8 vezes mais combustível, polui muito mais e congestiona suas vias...

Como resolver?...

Tal como nós colocamos o carro nos trilhos, aqui de forma similar temos que :

Colocar os caminhões neles também...


Estandardizar o transporte em containeres de forma a tornar rápido o seu manuseamento através de guindastes adequados, repassagem rápida para caminhões e liberação do carro...

Carros autônomos e independentes como qualquer caminhão, embora possam viajar juntos para reduzir o coeficiente de arrasto...

Sem atingir grandes velocidades - que são absolutamente desnecessárias - e com amortecedores que possibilitem choques entre si sem causarem acidentes, esses carros de locomoção elétrica se deslocariam do ponto A ao ponto B totalmente monitorados e dirigidos por computadores...


As linhas devem passar por fora dos centros urbanos e sem passagens de nível de forma a reduzir drasticamente todos os acidentes...

Encontrar formas e maneiras de isolar as vias, talvez com o auxílio de cercas vivas e de arame de forma a manter longe os animais, mas com passagens para os mesmos nos casos necessários, como por exemplo, migrações...

Talvez haja necessidade de linhas paralelas para que a manutenção e desvios na via possam ser automaticamente efetuados de forma a não interromper o fluxo da carga...

Estas ou outras soluções têm que começar a serem testadas e implementadas, porque dentro muito em breve, não teremos energia para manter esse tipo de desperdício...

Se somarmos a poupança obtida pela troca do meio de transporte com a elevação da eficiência conseguida pelos motores elétricos, verificamos que desta forma baixamos significativamente o consumo de energia...

Quanto?...

Meus cálculos - feitos a grosso modo - dizem-nos que os 3,37 milhões de barris gastos diariamente cairiam para cerca de 1,06 milhões...

Que se transformam numa prestação mensal de US$150,00 / mês/família (R$260 // Euro 111,00)...

Perfeitamente suportável...

Não dá o que pensar?...

Nós temos que resolver o fluxo de mercadorias tão necessário à nossa civilização, por este ou qualquer outro modo, desde que levemos em consideração a poupança de energia já que só ela leva à sustentabilidade sem nos esquecermos é claro da segurança...

De qualquer forma, teremos que rever um pouco esse vaivém louco de mercadorias, produtos e matérias primas, já que muita energia e trabalho são gastos nesses processos...

Manter os centros de produção primários junto dos centros consumidores, como estamos fazendo na nossa Cidade Verde, trazendo o pomar e a horta para o nosso quintal e termos a área industrial na periferia, seguida da área agrícola, com certeza reduz em muito todo esse frenesi que tanta energia gasta, ou pior, desperdiça...


Na nossa cidade verde, com todas as medidas adotadas e mais a conscientização de uma vida mais regrada e simples, este valor se reduz substancialmente, mas de qualquer forma os US$150 são bem plausíveis, mesmo sabendo tratar-se somente de energia e que quando considerarmos os equipamentos e a infra-estrutura, esse valor deva dobrar...

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O “PIPELINE”, mais conhecido como oleoduto, é o mais barato meio de transporte de mercadoria e deveria ser mais explorado pois ele é fantástico...

Atualmente é usado para transporte de gás e até cereais...

A meu ver, pesquisas deveriam ser feitas de forma a tentar aproveitar as suas capacidades máximas de maneira a absorver uma fatia maior do transporte de mercadoria...

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O transporte hídrico é bastante econômico energeticamente falando e pode absorver grandes cargas, mas terá que ser flexível para atender esse setor tão exigente...

O transporte aéreo, a meu ver vai ter que voltar ao tempo do Zepelim...
Vamos ter que viajar muito menos e nem pensar em transportar mercadoria...

O grande volume necessário para acomodação do hélio, também gera uma grande área externa que poderá ser aproveitada com painéis solares para prover energia para locomoção...

Eu fiz aqui uma brincadeira imaginando um possível balão de recreio para duas pessoas, locomovido a energia solar...



Só para diversão...

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E assim chegamos ao fim desta fatia tão assustadora da energia...

As soluções encontradas são simples e muito lógicas...

Sua aplicabilidade também é fácil, no entanto urge o tempo para que alterações sejam feitas...


Embora de tecnologia mais que comprovada, e sendo de grande simplicidade, necessitariam de experimentos, ajustes e tudo mais até à sua plena funcionalidade...

Sejam estas ou quaisquer outras as soluções adotadas, há que ter em consideração que são mudanças estruturais profundas e que vai mexer muito com a nossa civilização, e para que tal seja possível é necessário tempo de acomodação e isso é que parece que não temos muito...

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Eu não vou falar da energia para a indústria, pois os ingredientes terão obrigatoriamente que ser os mesmos embora eu tenha lhe reservado a energia hídrica...

No entanto o uso de vapor solar, energia elétrica fotovoltaica e eólica, serão recursos obrigatórios, assim como o uso de carvão vegetal de matas sustentáveis e de bio-combustíveis...

Algumas indústrias, como por exemplo, a do alumínio me preocupa muito porque é quase a transformação de energia num metal, e a nossa civilização depende muito desse fantástico material...

Felizmente que a sua reciclagem gasta bem menos energia pelo que o caminho terá que ser esse mesmo...

Cada tipo de indústria vai ter que sofrer um estudo singular de forma a podermos manter a nossa civilização, mas com certeza hábitos de consumo terão que ser substancialmente alterados...

A arte sempre salvou o homem e com certeza trás muito mais conforto que aquele item adquirido de forma impetuosa e delirante e logo esquecido no fundo de uma gaveta ou lixeira pessoal...

E assim chegamos ao fim da energia...

Um capítulo difícil e pouco prazeroso, mas talvez quiçá, seja o maior desafio que a humanidade vai enfrentar ou que alguma vez enfrentou...

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Respondendo a muitos pedidos (cheios de razão), vou fazer um

resumo “romântico” dessa tal energia,

para que todos possam realmente entender...

Eu sei, foi difícil mesmo...

No entanto eu quero explicar do “porquê” o nosso blog ter ficado tão técnico....

O que não falta por aí são pessoas e até cientistas do mais alto gabarito, nos mostrando de forma “romântica”, soluções energéticas...

Mas quando vamos analisá-las tecnicamente, verificamos a sua inviabilidade...

Então de nada adianta essas “boas intenções”, se não são calcadas em possibilidades reais de execução...

Nós já vimos muitos casos desses...

O hidrogênio, a fusão nuclear, a fusão a frio, as algas, a energia maremotriz, geotérmica, CAES (armazenamento de ar comprimido) e muito mais, são exemplos de tecnologias que muito apregoam, mas quando analisadas em pormenor, verifica-se que ainda estão longe de terem soluções viáveis e práticas...

Mas eu vos dou mais dois exemplos...

O primeiro exemplo é de quantificação...

Quando eu digo que gastamos muita energia e a quantifico em 0,9 tep’s, ou seja, que uma família gasta quase uma tonelada de petróleo por mês dá para assustar, mas não nos diz muita coisa...

Quando traduzimos em numero KW por mês – 10.500 KW/mês – vemos que é um número grande, mas ainda sem qualquer significado para nós, mas quando transformado em energia solar e verificamos que necessitamos de 680 painéis fotovoltaicos que nos dá uma

prestação mensal de US$2.500
(R$4.354 // Euro$1.853)...

Aí sim, constatamos que é

totalmente insuportável financeiramente falando...

O outro exemplo eu vou retirá-lo de um programa que eu adoro, o Discovery Channel, este caso específico foi a melhor solução encontrada para uma possível cidade virtual

- Ecópolis...

Nesse programa eles colocaram o cientista ganhador do prêmio Nobel da paz DANIEL M. KAMMEN, analisando as várias propostas para se resolver o grave problema energético e de poluição...



Depois de nos mostrarem várias alternativas, dizem-nos que a melhor e a que pode realmente resolver é retirando o gás metano do lixo e transformá-lo em eletricidade que por sua vez alimentaria os Jeepneys elétricos de Manila nas Filipinas...

Com uma a produção diária de lixo enorme tudo leva realmente a crer, mas...

Vamos analisar...


Nestes estudos que abaixo vos deixo os link’s, dizem-nos que uma pessoa produz em média meio quilo de lixo por dia e que eles quando transformados em energia elétrica equivalem a cerca de 50 Watts...

http://sistemas.ib.unicamp.br/be310/include/getdoc.php?id=660&article=208&mode=pdf

http://www.institutoventuri.com.br/energia/trabalhos/06.pdf
Os tais e-jeepneys, gastam 5.000 Watts por hora, ou seja, é necessário o lixo diário de

cem pessoas

para que algumas delas sejam transportadas durante uma hora...


Para alimentar os 400.000 jeepneys filipinos durante 8 horas por dia de funcionamento seria necessário o lixo de uma população de:

320 milhões de pessoas...

As Filipinas só têm 91 milhões...

http://www.pacificprime.com/pr/countries/philippines/about.php
http://jeepsndgirls.blogspot.com/2010/01/manila-jeepneys-in-verge-of.html

Desta forma verificamos que o sistema não é minimamente sustentável...

Isso não quer dizer que não seja uma boa idéia, mas há que esclarecer que

vai faltar ainda muita energia

e que ela vai ter que ser produzida de outra maneira...

Entenderam agora o porquê dos números, senão comprovarmos de quanta energia necessitamos e de onde ela vem, não passará de uma

idéia “romântica” bem intencionada,
mas não comprovada...


Eu compreendo que essa coisa de Tep’s, barris, watts, joules, quilocalorias, fatores de eficiência, arrasto, atrito misturados a cavalos vapor é bem complicada, melhor dizendo confusa e todos acabam se perdendo...

Inicialmente eu era para fazer um blog bem técnico, mas fui arrastado para o social, pois é com certeza a parte que mais me preocupa, e foi nessa vertente que todas vocês apareceram, ao verificarem que era uma cidade feita para “gente” e não meros tijolos empilhados de forma estética e agradável ao olhar...

Vamos então ter uma visão ampla e “romântica” da energia, já que a parte técnica foi justificada...

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Mas afinal qual a grande preocupação sobre essa tal de energia...

No fundo é uma só... Quantidade...

Como atualmente é só pegar
– a custo zero -
parecemos crianças comendo doce pela primeira vez, e nos lambuzamos com tamanha fartura...

Infelizmente essa fartura, aliás, como qualquer outra, levou-nos ao desperdício...

E não é pouco...

Cerca de 90% dos combustíveis fósseis acabam poluindo nossa atmosfera sem nos terem proporcionado qualquer tipo de benefício...


Triste é vermos que mesmo nessa abundancia graciosa da nossa mãe terra, não conseguimos uma divisão minimamente equitativa de tais riquezas e tiranos de olhos esbugalhados aglutinam-na impedindo o seu usufruto pela sociedade em geral...


Mas uma nova era se avizinha...

E ela não está assim tão distante...

Porque o problema não é o final do petróleo daqui a quarenta ou cinqüenta anos, mas sim, quando a linha crescente do consumo, cruzar com a decrescente de produção e os postos de gasolina começarem a fechar, os automóveis pararem e as cidades deixarem de funcionar...

Quanto tempo?...

Não existe data fixa para tal malfadado evento, mas com certeza irá acontecer nos próximos dez a vinte anos...

Sim, é logo ali... Tic... Tac...

O tempo está se esgotando...

Voltando à energia...

Mantermo-nos no atual patamar de gastança indiscriminada, com os atuais níveis de ineficiência e desperdício é totalmente impossível...

Se por um lado o Sol numa hora nos fornece a energia para alimentar a terra por um ano, temos que levar em consideração que:

- Maior parte dela, 2/3 cai no mar...

- Mesmo o terço que cai na terra representam
milhões de quilômetros quadrados...


- As nossas ferramentas de transformação
da energia solar em energia elétrica
têm níveis baixíssimos de eficiência – 14%...

- Para piorar – são caras...

Então vamos cair na real...

Todas aquelas promessas, de energia limpa com fartura são totalmente vãs até ao presente momento...

Creio estar na hora de pensarmos em estratégias que possam funcionar com as parcas armas que dispomos e principalmente nos conscientizarmos do quanto ignorantes e caricatos estamos sendo...

Não há mais tempo...

Temos que começar a pôr em prática soluções viáveis que possam garantir o nosso futuro como civilização, e neste momento só nos resta usar a pouca racionalidade que nos sobrou deixando de lado nossos egos e arrogância e começarmos a seguir as leis da física que são bem claras e nos indicam os caminhos de forma inexorável e incontestável...

Existe um dito popular que nos diz: “se a cabeça não pensa o corpo é que paga”, aqui eu direi “se não seguirmos a física, o físico (corpo) é que vai pagar”...

Encaremos os desafios de forma simples...

Tal como eles são, sem demagogias ou falsas promessas e pretextos...

Quando analisamos a energia gasta numa casa vemos que maior parte dela é despendida no fogão, na geladeira e no chuveiro...

O fogão e o chuveiro podem ser perfeitamente abastecidos por vapor produzido pelo sol, como verificamos nos fogões solares indianos e a geladeira nós já diminuímos muito o seu tamanho ao optarmos por ter a horta e o pomar no nosso quintal e quando colocamos o nosso supermercado na frente do nosso condomínio...

Temos que ter consciência que a luz em casa deve ser usada com critério e respeito, para que ela não falte, mas nos atenda...

Dessa forma fica muito simples resolver o problema e mesmo usando-se a maneira mais cara de produção – a fotovoltaica – verificamos que cabe nos nossos bolsos, chegando até a ser mais barata quando não usada como cabide de impostos...

Mas em casa só gastamos 10% de toda a energia...

A maior e mais difícil fatia aparece-nos nos transportes... 35% do total...

É uma senhora fatia...

Quando analisamos os números da energia gasta neste setor, vemos com certa surpresa que maior parte (75%) é gasta nos transportando de um lado para o outro, e principalmente nos centros urbanos...

É o setor de transporte de passageiros...

E no topo dessa lista está é claro o nosso querido carro...

Quando o analisamos pelas leis sagradas da física, vemos que o motor usado desperdiça maior parte da energia aquecendo água, e a outra tentando movimentar uma montanha de ferro e um sem número de parafernálias...

Entre o que se coloca no tanque e o que usamos só nos sobra meros 12,3% e maior parte deles são aproveitados para mover todo aquele ferro...

Uso real e consciente – talvez beire os 5%...

Como se isso não bastasse, ainda os fazemos “velozes e furiosos”, e mais de milhão e meio de vidas são ceifadas anualmente nesse mundo a fora...

E quando vamos ver o transporte de passageiros ferroviário, que nos aparece como o mais econômico em termos de energia, encontramos o mesmo tipo de problemas...

Gastamos 95% da energia para mover as duas toneladas de ferro por passageiro...

Aqui com uma agravante dolorosa...


Por não conseguirmos frear tal massa (470 Ton.), matamos e acidentamos milhares de pessoas, isto sem falarmos dos imensos prejuízos materiais.



Parece que não desperdiçamos somente energia, mas também muitas vidas humanas nesta “orgia energética sem tamanho”...

A solução que nos estão querendo “vender”, o carro elétrico, aparece-nos com sérios problemas não resolvidos...

Baterias caras e pesadas com tempos de recarga muito grandes...

Os carros também são muito caros e a indústria está querendo contornar a situação com os híbridos, que parecem ter mais tecnologia que a Apolo 11 que levou o homem à Lua...

Como se isso não bastasse, a matéria principal dessas baterias – o lítio – não existe com abundância na natureza e quase não será suficiente para conversão da frota existente de mais de 1 bilhão de veículos ultrapassada em 2008...

Problema?... O mesmo que já falamos...

Quantidade...

Quando queremos que um veículo seja urbano e tenha autonomia para grandes viagens, os problemas surgem...

E não surgem somente agora, com o próprio motor ciclo Otto de combustão (o que usamos atualmente nos nossos carros), muita energia é desperdiçada e muita poluição é jogada na atmosfera por não se atender a esse simples quesito...

Nós não necessitamos de grandes veículos, para nos locomovermos algumas dezenas de quilômetros por dia em cidades apertadas e não projetadas para tal...

Ao simplificarmos esse veículo, o que mais energia consome na face da terra, e o dimensionamos de acordo com as nossas reais necessidades, verificamos que precisamos de diminutas quantidades de energia...

Na nossa Cidade Verde então, onde tudo foi simplificado ao máximo, só para não atrapalhar, o fato de retirarmos os sinais, as passadeiras, os semáforos, os cruzamentos e entroncamentos, e ao limitarmos esses veículos para uma velocidade segura de 50km/h, verificamos que o carro se pode transformar em algo simples e barato e por todos usufruído...

Essa redução de 15 vezes na necessidade energética, faz o milagre acontecer...

E ao retirarmos os egos e luxos, conseguimos resolver de forma cabal esse grave problema, chegando ao ponto de podermos usufruir do dobro do conforto ao proporcionarmos 2 veículos por família...

É claro que essa simplicidade também se traduz numa utilização muito reduzida de matéria prima que se somada à estandardização (todos iguais) e à eficiência elétrica, resultam na união da praticidade com a economia e tudo se encaixa...

Carros que sejam só carros...

Sem demagogias ou enfeites...

Viaturas feitas para nos servirem e não para nos escravizarem...

Sem GPS, ABS, ou air “bregas”...

E assim, IPVA’s (selo do carro - em Portugal) e seguros que mais parecem assaltos à mão armada, multas e pesadas prestações, acidentes e gasolina caríssima, desaparecem como que por magia levando consigo a poluição...

As futuras gerações que nesse sistema conviverem, não vão entender como foi possível ou concebível, vivermos desta forma tão pouco civilizada, melhor dizendo “primitiva”...

Bem, o fato de termos resolvido o transporte urbano com viaturas simples, ainda subsiste o problema da locomoção inter cidades e aí dois paradigmas necessitam de ser resolvidos...

Velocidade versus consumo e velocidade versus acidentes...

Quando nos perguntamos qual o meio menos dispendioso de transporte inter cidades o trem logo aparece se destacando, mesmo transportando-se as duas toneladas de ferro por pessoa já referidas...

Sua falta de segurança devido ao peso aliada à sua pouca flexibilidade tornam-no muito pouco atrativo...

O setor sofre forte pressão dos carros nas viagens curtas e médias e dos aviões nas viagens longas, obrigando inclusive o governo dos EUA a financiá-lo para poder sobreviver...

Por outro lado o carro apresenta todos os males já vistos:

- Pouco eficiente, poluidor e também com um índice de acidentes muito elevado...

A Google está tentando arranjar uma solução ao fazer um trem de carros, onde um motorista profissional num caminhão, orienta todos os seus seguidores...

Passar horas a fio atrás de um volante que se movimenta per si, seguindo o tal caminhão, não se me apresenta como uma solução agradável e que todos ansiemos...

A previsão do imprevisível e o sem número de sensores, irão com certeza fazer com que o sistema seja muito dispendioso...

Quando juntamos as pontas – dispendioso e tedioso – não encontramos a chamada fórmula do sucesso...

Já se em vez de fazermos um trem de carros transformamos os carros em trem, algumas luzes se acendem...


Se desenvolvermos um veículo leve aerodinâmico e confortável para andar nos trilhos conseguimos resolver dois grandes problemas:

O carro trem passa a ter capacidade de frenagem
e os acidentes podem ser evitados...

É claro que se a isso nós somarmos um controle computadorizado de trafego, vias sem passagens de nível e velocidade moderada de 100 km/h, o sistema começa a ficar bem mais atrativo...

Ao alimentarmos os carros trens externamente através de um trole, usufruindo assim da eficiência dos motores elétricos, mas sem a necessidade de carregarmos pesadas baterias nem de gastarmos o raro lítio, baixamos substancialmente a nossa necessidade energética...

E se o controle de trafego computadorizado permitir a alteração de rumo a qualquer momento, flexibilizando o sistema ao nível de qualquer via expressa, creio termos encontrado uma maneira simples de resolvermos o intrincado problema que se nos afigurava inicialmente...

Como não viajamos todos os dias, podemos inclusive, em vez de cada família ter um carro de viagem, dividi-lo por dez famílias...

Dessa forma simples, os custos – cerca de US$15,00 por mês por família – são muito baixos e englobam a energia gasta nas viagens...

E não pensem que vai faltar transporte, pois tal dimensionamento corresponde a mais do dobro das necessidades atuais dos EUA (4,5%).


Já a parte de carga, os 25% restantes, é liderada de longe pelos caminhões, apesar de gastarem cerca de 8 vezes mais energia, poluírem e congestionarem as estradas...


Absorvem cerca de 70% da carga nos EUA - suponho que devido à sua flexibilidade, destreza e competência, que compensam o fato de serem em média 7 vezes mais caros.

Por outro lado, creio que o fato do transporte de carga ferroviária ser monopolizado, com certeza criou barreiras naturais que o setor rodoviário aproveitou a seu favor...

Mas na próxima era, tais equívocos terão que ser desfeitos e o transporte de carga ferroviário terá que assumir a sua real posição, até porque não existe energia para outra alternativa...

Tal como fizemos com os carros, agora vamos ter que colocar os caminhões nos trilhos e trazer todo o “know how” da carga rodoviária para aqui...

Talvez a estandardização da carga em contêineres, criação de terminais privados para operarem diversos setores mais específicos, e a automatização individual do carro de carga de forma a ele poder operar como se um caminhão autônomo fosse, suponho resolverem os problemas de flexibilização necessários ao setor...

Nós não podemos continuar desperdiçando a energia dessa forma...

Jogar 7 vezes a energia necessária no lixo,
ou pior,
neste caso na atmosfera
é, ou vai ser,
inconcebível...

Só essa redução, de quase 87,5% na carga rodoviária ao trazê-la para os trilhos, já baixa os valores para níveis aceitáveis, ou pelo menos suportáveis, energeticamente falando...

Por outro lado vamos ter que repensar esse vaivém louco de produtos e matérias primas, muita das vezes desnecessários...

Na nossa Cidade Verde, o fato de termos a horta e o pomar na porta de casa, a área industrial circundando a cidade seguida pela zona agrícola e agrária já proporciona uma redução muito substancial neste setor...

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O setor industrial, outro glutão de energia, vai ter que sofrer intervenções individualizadas de forma a aproveitar as energias sustentáveis da melhor forma...

É claro que os atuais níveis de desperdício que também por aqui se fazem vão ter que ser revistos, mas esta área é muito competente e rapidamente se adaptará à nova realidade...

Ao conseguirmos resolver o setor de transportes e habitacional quase totalmente através da energia fotovoltaica, deixamos a parte hídrica disponível, no entanto uma boa redução na produção de futilidades assim como o aproveitamento da energia térmica e elétrica solar, vão com certeza resolver grande parte da problemática energética deste setor...

Aqui, dependendo da região e lugar, o recurso das energias sustentáveis específicas do local será obrigatório, como por exemplo, a energia maremotriz, geotérmica, eólica, etc. ...

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Espero que desta forma a problemática da energia tenha ficado acessível a todos e que tenham compreendido a urgência em começarmos a experimentar novas soluções, para que a transição energética seja possível e passiva...

Num vídeo da net ouvi uma frase bem interessante:

- O homem saiu da idade da pedra, não porque as pedras tinham acabado...

Então vamos logo sair desses combustíveis fosseis...


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Será que ainda sobrou alguma energia para continuar este blog?... rss...