quarta-feira, 29 de setembro de 2010

019 – C. V. – Estabilidade e tranqüilidade... Emprego parte 2

Estamos quase nas 35 mil visitas...

E um montão de bandeirinhas andam-nos espiando...

Minhas queridas leitoras (es),

Agradeço a todos os anônimos que postaram comentários, suas palavras de carinho e encorajamento, Obrigado...

Maria Eulália (portuguesa) – Obrigado Maria Eulália pelo carinho...

Carina – Valeu Carina...

Rosa Maria – Obrigado Rosa Maria pelo carinho...

Laura e Penha – Realmente não é importante serem as primeiras, minhas queridas amigas, o importante mesmo é continuarmos a pensar num mundo melhor, mais humano... Obrigado pelo carinho e pelas felicitações do meu aniversário... Vocês encontraram uma forma muito carinhosa de me puxarem as orelhas da minha demora, me enviando um beijinho... Muito obrigado e um beijinho para vocês também...

Almerinda – Eu me esforço para vos passar esses números de forma clara, mas por vezes não consigo... me desculpe... Mas por outro lado eles são muito importantes para nos mostrarem de forma inequívoca o que queremos mostrar... Obrigado pelo carinho minha querida amiga...

Admiradora antiga – Obrigado pelo carinho...

Tainá – Adorei “o querido mestre virtual” – muito obrigado pelo carinho Tainá

Paulo Roberto e esposa – Valeu – Obrigado pelo carinho...

Penha – Você tem toda a razão em achar que é tarde demais, que as pessoas já se renderam ao capitalismo, mas (e este “mas” é importante) o nosso blog é para nos fazer pensar se realmente esse será o melhor caminho... É tão somente um alerta, ou quiçá um sonho utópico, em que mostramos que existem outros caminhos simples e ao nosso dispor. Muito obrigado pelo carinho minha querida amiga...

Estudantes de S. Paulo – Muito obrigado pelas vossas palavras de incentivo e carinho... Fico muito feliz quando vejo que vos faço pensar... Valeu...

Paulo Roberto e Elizabeth – Fico muito feliz quando vejo que meus pensamentos e idéias vos ajudaram de alguma forma... Muito obrigado pelo carinho e pelas felicitações do meu aniversário e me desculpem pela demora...

Helena – Obrigado Helena... Estava “quase” parado... Agora não está mais... rss...

Oiiiiiiiiiiiiii Bia... Brigado pelas felicitações do meu aniversário... Mande um beijinho também para sua avó... Você já sabe que posso demorar, mas nunca esquecer...

Estudantes de Direito – Obrigado galera...

Estudantes de engenharia – Obrigado futuros engenheiros...

Mariana – Valeu Mariana

Admiradora antiga - Realmente nunca tinha escrito nada (publicamente) e também estou muito surpreso por agradar tanto a minha forma de me expressar... Obrigado pelas felicitações de aniversário... Muito obrigado querida amiga...

Paulinha Vale – Fazia tempo que a minha amiga não aparecia no nosso blog... Muito obrigado pelas felicitações de aniversário e pelas palavras de carinho e incentivo... Brigado mesmo... Beijos...

Carina – Às vezes sonhos tornam-se realidade... pelo menos vale a pena acreditar... Obrigado Carina...

Sara – Obrigado Sara, pelas felicitações de meu aniversário... Valeu...

Fernanda – Obrigada Fernanda, pelas felicitações de meu aniversário... Valeu...

Clementina – Muito obrigado queria amiga Clementina pelas felicitações do meu aniversário...

Maria das Graças – Fico muito feliz quando vejo que consegui fazer as pessoas pensarem um pouco... Obrigado Maria das Graças...

Letícia – Valeu Letícia, muito obrigado pelas felicitações de meu aniversário... Realmente alguém dedurou... rss...

Est. de Medicina (vizinha) – Oi vizinha, tudo bem... Eu não sei se falei consigo, pois costumo falar com quase todos os alunos que moram aqui no prédio... De qualquer forma meus parabéns por se estar formando ano que vem e muito obrigado pelo incentivo e carinho...

Nadir – Muito obrigado Nadir

Estudantes de Alagoas – Valeu galera...

Tainá – Valeu Tainá – obrigado...

Doralice – Só trabalhando demais... me desculpem...

Sofia – “Tô” aqui mesmo, só trabalhando muito... me desculpem...

Clementina – A nossa fã número um tem um blog e você pode encontrá-la por lá – ela me deu autorização de lhe passar http://esthervaz.blogspot.com – mulheres – Infelizmente ela não o atualiza muito, nos privando do seu dom de escrita, a meu ver, bem melhor que o meu... Obrigado pelo carinho...

Cecília- RJ – Tudo bem vocês têm toda a razão... Eu demorei um pouco demais... Me desculpem...

Melina – “quase” parou... Mas já voltou... Me desculpem...

Estudantes da USP – Valeu galera... Demorou, mas não parou...

Sara – Valeu o puxão de orelha... rss... Obrigado pelo carinho...

Desempregada desesperada – Na nossa mente, pelo menos por agora... Obrigado...

Mulheres da Bahia – Eu sou tão somente uma pessoa como outra qualquer, que tenho os meus defeitos e algumas virtudes, como qualquer ser humano... É claro que o nosso contato virtual faz construir uma imagem que com certeza não corresponde à realidade... Mas uma coisa vocês podem estar certas, as minhas idéias são estas mesmo que aqui expresso... Obrigado pelo comentário...

Gaúchas – Me desculpem demorei um pouquinho... Valeu

Estudante de Fortaleza – Vou seguir o vosso conselho... Valeu galera...

Maria Clara – Não desisti não... Só tive trabalho demais... me desculpem... Valeu

Maisa – Demorou, mas chegou... Valeu...

Margarida – Eu não vos vou abandonar... Me desculpem.... Trabalho demais... Valeu

Carlos Meireles e família – Realmente acostumei-vos mal... rss... Fazes de trabalho... Me desculpem... Valeu

Ong de Guaratinguetá - Demorou, mas chegou... Valeu...

Futuros engenheiros – Não esqueci não, só demorei um pouquinho mais... rss... Valeu galera...

Pessoal de Curitiba – Obrigado pelo carinho...

Maíra – Valeu Maíra... Obrigado pelo carinho...

Estudante de Pernambuco – Claro... Valeu galera...

Professoras Maria Rosa e Neilma – Já voltei... Eu sei demorei um pouquinho me desculpem...

Arquiteta inexperiente – “quase” parou... Mas eu voltei a dar mais um empurrãozinho... rss... Obrigado arquiteta...

Mariinha – Muito obrigado pelo carinho...

Sofia e Cia – Minhas queridas mineirinhas: realmente demorei demais... Me desculpem... Mas já coloquei lenha no nosso trem... rss... Obrigado pelo carinho...

Cássia – Estava... rss... Me desculpem... Obrigado pelo puxão de orelha, estava precisando mesmo... rss...

Nota: Vejam a postagem anterior que também respondi aos comentários que estava em falta...


Estabilidade e tranqüilidade... Emprego parte 2


O modelo que vos passei na postagem anterior (produtos a preço de custo), é bem similar (margens de lucro baixas e lucros apoiados na quantidade e nos preços de aquisição) ao que existe nos Estados Unidos, por isso lá as coisas são tão baratas...


É claro que a introdução desse modelo em países onde o pequeno comércio é muito presente trás sérios problemas de desemprego agregados...

Mas não se enganem esse é o futuro...

Foi exatamente o que aconteceu com o aparecimento dos hiper-mercados, que na altura arrasaram os mercadinhos locais...



Aliás, os países subdesenvolvidos como o Brasil, têm uma máquina do tempo que os transportam para o futuro, e estão em grande vantagem sobre os países de vanguarda...


Eu não estou tendo alucinações não...


É uma máquina que todo o mundo conhece, mas que não lhe atribui tais qualidades...


É claro que estou falando do avião...

É só ir ao aeroporto e quatro ou mais horas depois, ao aterrissarmos em Miami ou na Europa, estamos no futuro... Simples assim...

Só temos de ter cuidado de não tomarmos o avião errado e irmos parar em África, em vez de futuro, encontramos o passado...




Os países ditos do primeiro mundo têm que desbravar o desconhecido, experimentar novas teorias, já que para eles o futuro é uma incógnita... Já os países como o Brasil, é só copiar o que deu certo... Infelizmente, não se valem de tal prática, porque senão rapidamente estaríamos no encalço deles...

Mais uma vez, a corrupção, os monopólios e os oligopólios travam tais processos simples e fáceis de se seguirem...


Eu dou-vos um exemplo simples que é do meu conhecimento...


Em conversa perguntei por que só havia dois supermercados numa determinada região em que estava de visita, que praticavam preços abusivamente altos...


A resposta era simples...



Porque quem tentou se estabelecer por lá teve a sua carga constantemente assaltada...


É claro que a policia local era conivente...

E como a justiça também não funciona, temos uma população escrava de tais práticas que em muito se assemelham à máfia siciliana.




Se somarmos a isso um povo que na sua maioria não tem cultura suficiente para saber dos seus direitos, temos o Brasil de hoje...


Voltando...


O nosso tema é emprego...


Como resolver esse problema calamitoso?...


Como provocá-lo nós já descobrimos, e temos 70% da população da nossa cidade, clamando por uma solução, mas o que nós não sabemos são as suas verdadeiras causas, embora tenhamos uma boa pista...



Essas máquinas infernais...


Primeiro temos de descobrir de onde surge o emprego, para depois vermos o desemprego...


Primeira grande questão:


Por que o ser humano é o único animal da terra que tem emprego?...


Afinal, o que é o emprego?...

Nós já vimos que até chegarmos ao que eu chamo de idade de ouro (povos chamados de primitivos), nós não tínhamos nem sabíamos o que era o emprego (e como éramos felizes...), afinal de onde e quando ele surge?...


Tal como no reino animal, o homem necessita de uma determinada área de coleta para suprir as suas necessidades...

Normalmente, a natureza rege de forma magistral o equilíbrio da Mãe Gaia (mãe terra – vem da mitologia grega), e o excesso populacional de qualquer espécie, é punido com escassez de alimento.

O primeiro ato “industrial” do homem foi a descoberta da agricultura cerca de 10.000 anos atrás...


Ela sempre existiu, só que de forma natural, sem qualquer intervenção humana...

Mas, a contemplação da maravilha que é a natureza levou à descoberta de seus segredos e princípios régios (uma espácie de embrapa neolítica)...


Nasce a agricultura...

Eu a chamei de indústria, porque ela tem como fim a produção de bens, neste caso alimentos, de forma repetitiva, como qualquer indústria, a grande diferença é que a máquina usada é neste caso a natureza que,

como qualquer fêmea, tem os seus caprichos... rss...



Naquela altura o homem descobriu que em vez de andar quilômetros à procura de alimento, poderia cultivá-lo ali mesmo a seus pés...

A grande diferença é que era necessário criar as devidas condições e cuidar para que o milagre acontecesse...




Nasce o trabalho...

O homem deixa de ser nômade e nascem as tribos, estamos na idade de ouro...


Ela é tão boa e estável que sobrevive intocável até os dias de hoje...

Essas pessoas não sentem necessidade de evoluir...

Elas estão em equilíbrio com a natureza, com a mãe Gaia...


Quando para elas olhamos, pensamos erroneamente que elas vivem na pobreza,
puro engano nosso...


Quando aliamos a riqueza ao conforto, com certeza eles poderão ser considerados como tal, mas em contrapartida tem paz, tranqüilidade, não conhecem o estresse e acima de tudo ainda têm liberdade e é aí, que nós vemos o quanto ricos eles realmente são...

Como vemos o trabalho, não afetou negativamente o ser humano...


Aliás, elevou-o talvez ao seu expoente máximo...


E agora tendo atingido o cume, o final da estrada onde só o horizonte se vislumbraria o homem resolve dar mais um passo...

Tal como já vimos nesse próximo passo do homem cai no abismo da tirania e é aí que

surge o emprego...


Quando o tirano mor, em seus sonhos de devaneios alucinógenos se acha e se declara senhor do mundo, quiçá do universo e apoiado em seu poder bélico e com a benção da igreja, começa a distribuir terras aos seus colegiados em troca de lealdade, vassalagem e como não poderia deixar de ser de uns impostozinhos...



Agora a terra tem dono...

Nasce a propriedade privada...


A humanidade é subjugada a essa nova “lei”...


Até para se sobreviver da mãe natureza, daquilo que nos foi oferecido e presenteado só pelo fato da nossa existência, agora temos que pagar, e muitas vezes com a própria vida...


Até os filhos são arrancados aos prantos de suas famílias para se engajarem as forças armadas desses ditos “senhores”...



E os senhores da Terra, agora necessitam de contratar mão de obra para produzirem para eles...




Nasce o emprego...


Como podem ver, o emprego nada tem de glamoroso...




Não passa de uma escravatura fortemente maquiada com várias camadas de blush feito do sangue de quem a eles não se subjugaram...

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É... A nossa história é muito triste...

Às vezes a ignorância é uma benção...

.....................

Eu sei que maior parte de vocês estão afirmando:


Escravatura seria se não nos pagassem...

Os escravos também recebiam... Alimentação... Casa... Tratamento médico...


Mas eu recebo dinheiro pelos serviços que presto...

E eu até sou bem pago, dizem uns (muito) poucos...


Até pode ser verdade, tudo isso que dizem, mas pensem um pouco mais...

Por que não são sócios?...

Sim, porque em vez de serem empregados não são sócios do vosso empregador?...

Não seria o lógico?...

Os empregados são um pouco sócios sim, mas só na desgraça...



Quando o negócio não dá lucro eles são imediatamente dispensados...


Porque quando os lucros são altos, lhe dizem:

- Felizmente os negócios vão bem e poderei manter os vossos empregos...

E todo o mundo fica feliz...

Sorridente...

Que bom, vou continuar a ser subjugado...

Que felicidade...

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Reparem nisto:

Em 1995 Bill Gates tinha 40 anos e uma fortuna avaliada em 130 bilhões de dólares...

Se ele conseguisse um rendimento de 4% ao ano do seu dinheiro e pagasse um salário médio de US$1.500,00 a cada pessoa para nada fazer e estar somente à sua disposição, durante os prováveis 40 anos que lhe restavam de vida naquela altura (1995),

poderia contratar 2.315.163.536 de pessoas...

Quase a população da China e da Índia juntas...

Qual a lógica disso?...



Será que sou eu que estou insano?... Ou é o mundo...

Voltando...


Bem agora já sabemos (infelizmente) o que é o emprego...


Falta sabermos a causa do desemprego...

Vamos ver um caso bem simples, para entendermos :


Imaginemos uma indústria têxtil, onde um jovem se emprega como aprendiz e ao fim de alguns anos é elevado à categoria de oficial, ou seja, considerado 100% apto para a função de corte que desempenha...


Até aos 40 anos é o que ele faz e muito bem, até que surge uma máquina de corte computadorizada, que qualquer garoto que domine a área da informática pode comandar com um rendimento 10 vezes maior...

Como o nosso cortador passou a vida trabalhando, não teve tempo de se cultivar nessa coisa de computador e, portanto, ficou inapto para o serviço...


Temos aqui uma das grandes causas do desemprego...

Ele é substituído por uma pessoa que vai ganhar metade do salário que usufruía e que vai produzir dez vezes mais...

Ou seja, o corte ficou vinte vezes mais barato...

E agora, vamos comemorar pelo fato de termos um corte vinte vezes mais barato ou chorar pelo fato de mandarmos uma pessoa para o subemprego pelo resto da vida?...

Notícias (tristes) do mundo...



- Em 2009, 32.000 japoneses cometeram suicídio por falta de emprego (quase 100 por dia)...

- Jovem inglesa suicida-se após rejeição em 200 empregos...

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Se no inicio da era industrial, num período ainda produtivo, faltava mão de obra e agora em pleno período administrativo, onde maior parte de nós nada produz e com as necessidades muito majoradas temos falta de emprego, a culpa só pode estar nas máquinas...

E está mesmo...

Mas afinal que fazer?...

Vamos deitar as máquinas fora?... Todas elas?...

Porque agora temos 70% da população no desemprego...

De que adianta preços baixos se não tivermos dinheiro nem para comer?...


É verdade...

Agora eu vou surpreendê-los com esta afirmação:

Eu não tenho emprego para ninguém...


Mas...
(Será o “mas” de um milhão de dólares?...)



Mas, não percam o próximo capítulo... rss...

Nota do autor:
Algumas pessoas não estão entendendo porque despedimos 70% das pessoas da nossa Cidade Verde (vendedores e publicitários) para podermos usufruir de produtos a preço de custo e depois lhe dissemos que não temos emprego para elas...
Na próxima postagem tudo ficará bem explicado... Aguardem...











sábado, 4 de setembro de 2010

018 – C. V. – Estabilidade e tranqüilidade... Emprego parte 1

Já ultrapassamos as 30 mil visitas...

Minhas queridas leitoras (es),

Vocês descobriram... Realmente fiquei um pouco mais experiente...

Muito obrigado pelas felicitações e pelo vosso carinho...

Como já verificaram, estou muito enrolado desta vez, e nem tempo eu arranjei para vos responder... Mas suponho que vai piorar antes de melhorar... rss...

Eu sei que os desempregados da nossa Cidade Verde estão um pouco impacientes,
mas considerem estes dias como férias remuneradas,
que logo logo eu resolverei o problema deles... rss...


Beijos e abraços para toda a nossa grande família...
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Finalmente as respostas aos comentários que eu estava devendo:

Obrigado a todos os anônimos que postaram comentários, pelas vossas palavras de incentivo e carinho...


Laura – Realmente alguns pontos focados nos emocionam. Eu já vi que está correndo uma corrida velada por quem vê primeiro as postagens... rss...

Almerinda – Você tem toda a razão quando diz que a nossa existência é meramente passageira... Muito obrigado pelas suas palavras de encorajamento...

Bia e família – Até o maridão anda lendo... Mas que família legal... Muito obrigado pelas vossas palavras de apreço e carinho...

Carla Alvarenga – Muito obrigado Carla pelas suas palavras...

Beatriz – Obrigado Beatriz...

Paulo Roberto – “Super Filipe Nany”... rss... Adorei essa da Elisabeth... rss... Realmente este Blog está me trazendo muitas alegrias inesperadas...

Leila (professora) – Blog de utilidade publica... rss... Adorei... Obrigado Leila...

Arquiteta anônima – Obrigado pelas suas palavras...

Galera da USP – Valeu galera...

Eduarda – Obrigado Eduarda, eu nunca vou deixar os meus sonhos se evaporarem...

Mãe desesperada – Eu também sofri um pouco na minha jornada...

Berenice – Obrigado Berenice...

Débora – Realmente a falta de vergonha é muito triste... Obrigado Débora...

Vera (professora aposentada) – Obrigado pelas suas palavras...

Jussara (S. Paulo) – Obrigado Jussara...

Rita de Cássia – Obrigado Rita de Cássia...

Sara (antiga leitora) – Obrigado Sara... Realmente essa incerteza de voltar incólume para casa é preocupante...

Anônimo de 18 anos tóxico dependente – Infelizmente você não é o único que está trilhando esse caminho tão difícil... Você vai necessitar de toda a sua coragem e determinação para sair dele, e você não tem que tentar – tem de sair... Mas procure dentro de si essas forças que elas estão lá... Não culpe a si ou a ninguém por ter entrado nessa jornada e lembre-se que sempre será um dependente, mas ser ou não um usuário só depende de si...

Roberta – Obrigado Roberta...

Professora (RJ) – Aqui no Brasil realmente quase não dão valor aos professores, mas quando este país realmente quiser ir para a frente é de vocês que eles dependerão...

Almerinda – Muito obrigado pelo seu carinho e palavras...

Sarita e amigas de Curitiba – Obrigado a todas vocês...

Marinete (psicóloga infantil) – Obrigado pelo carinho Marinete...

Irmã da Constança – Obrigado elas suas palavras...

Seguidora da Bahia – Muito obrigado pelas suas palavras de encorajamento...

Francis de S. Paulo – Valeu

A. M. C. (moradora do Leblon, Rio de Janeiro ) – Muito obrigado pelas suas palavras de incentivo e parabéns por trabalhar na ONG...

Penha e Laura – Queridas amigas, estou curioso para ver como saiu o vosso (nosso) livro...

Izabel Cristina – Obrigado pelo incentivo e carinho Izabel...

Alicia – Se o nosso blog consegue fazer pensar, já conseguiu o seu objetivo principal... Obrigado Alicia...

Futuros engenheiros – Valeu...

Vera – Muito obrigado pelas suas palavras de encorajamento...

Ong – Vocês me pedem para falar mais sobre o racismo e a impunidade... O nosso blog tem por intenção de mostrar soluções simples, novos caminhos para os problemas que tanto nos atormentam, e por vezes é necessário mostrarmos o que se desejamos corrigir, e é aí que surgem as “criticas” ao nosso quotidiano...
Caso surja nova oportunidade de tocarmos tais assuntos eu tentarei explanar um pouco mais...

Clementina – O seu livro de cabeceira pode estar andando devagar, mas não totalmente parado (embora pareça, eu confesso...)... rss... Minha querida, fique à vontade nas reclamações legitimas de novas postagens... Muito obrigado pelo incentivo e carinho...

Larissa – Obrigado Larissa...

Fernanda – Obrigado Fernanda

Anônimo – Não sou humorista nem alguém conhecido que não quer aparecer... Sou um cidadão comum como todos vocês... A única diferença é que tive a coragem de expor publicamente as minhas idéias... (algumas bem idiotas é claro...), mas só isso...

Julinha – É verdade, sonhar é preciso... Obrigado Julinha...

Professora de Manaus – Obrigado professora...

Sarita – Obrigado pelo puxão de orelhas... rss... Realmente estava demorando demais... rss...

Marília e Cecília de Minas Gerais – Muito obrigado pelo carinho de suas palavras...

Perla (pediatra) – Realmente as crianças sofrem grandes pressões através da televisão e amiguinhos e acabam repassando para os pais que por vezes se sentem “culpados” de não terem meios de satisfazê-los, mas o que realmente importa é darmos-lhes atenção, carinho, educação e princípios... Brinquedos são coisa passageiras, educação e princípios são para o resto da vida...

Carminda – Não esqueci não... Só demorei um pouco mais, melhor dizendo demais... rss...

Psiquiatra aposentada – Obrigado...

Eduarda Arquiteta recém formada – Obrigado Eduarda...

Marcia prima da Angélica – Obrigado Marcinha...




..


Estabilidade e tranqüilidade... Emprego



Vou aproveitar o clima político para tocar nestes assuntos que tanto nos preocupam...

Eu já vos havia falado que um dos quesitos para a felicidade é sem dúvida nenhuma a estabilidade e com ela vem a tranqüilidade, e nada é mais preocupante e causa mais estresse que a possibilidade da perda do emprego...

Na mensagem de final de ano da IBM de 2009 (link abaixo) vemos que os jovens irão mudar em média de emprego 14 vezes até à idade de 38 anos...


Por outro lado, todos nós sabemos que se o desemprego bater à porta de uma pessoa com mais de quarenta anos, o mercado não a irá aceitar mais...

Todos nós temos vários exemplos de pessoas que tinham bons empregos e ganhavam bastante bem e, de um momento para o outro, viram-se no desemprego e agora mal conseguem sobreviver de pequenos bicos...



Como já vimos, os casais acabam tendo seus filhos tardiamente e quando o casal entra na faixa dos quarenta, eles (filhos) ainda estão na adolescência, período de grande demanda financeira.

Uma desgraça dessas arrasa totalmente com a família.
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O botão mágico...

Desde que o homem iniciou a sua jornada civilizatória e industrial persegue aquilo que eu chamo de botão mágico...

Vocês nunca ouviram falar dele porque é invenção minha... rss...

Mas eu explico...

Para o homem viver ele necessita de trabalhar, mas a partir do momento que descobriu a máquina sempre sonhou com o botão mágico...



Sua definição:

O botão mágico é aquele que quando acionado executa todas as necessidades do homem...

Ou seja, o homem não necessitaria mais de trabalhar...



Nós ainda não alcançamos plenamente tal utopia, mas estamos chegando perto dela, só que estamos metendo os pés pelas mãos e não estamos sabendo interpretar direito tal plenitude, e em vez de comemorarmos, estamos arrancando os cabelos...



É como se costuma dizer - morrer na praia...

Eu sei que maior parte de vocês não está entendendo nada, mas eu vou começar esta estória bem do principio...

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Primeiro temos que entender o que é, ou de onde vem o custo das coisas...

Porque um quilo de arroz custa mais ou menos US$1,00?...

Porque um m3 de areia custa US$20,00?...

E porque esse preço varia?...

Afinal quem manda nisso?...

Tem lei que o regula ou determina?...

Mas se tem, porque tem arroz de preços diferentes?...

Bem, vamos parar por aqui... Já temos perguntas demais para responder...

Embora existam algumas exceções (chamados preços regulados), não existe lei nenhuma que determine tais preços...

Poderemos dizer que não é ninguém, e ao mesmo tempo todos nós, que os determinamos...

Eu sei, é meio paradoxal mesmo (eu e os meus paradoxos...)...

Vamos trocar por miúdos...



É a “lei” selvagem do mercado que define o preço das coisas,
agora só temos que saber o “como”...

A primeira “lei” do mercado diz o seguinte:

Vender o produto pelo maior preço possível a fim de se obter o maior lucro...

Esta lei todo o mundo adora... Só tem alguns probleminhas...

O primeiro deles é que as pessoas necessitem ou queiram comprar...

O segundo é que quanto maior for o preço menos pessoas vão comprar...

O terceiro é que existe uma relação meio que intrínseca de custo benefício, pelo que quando saímos de tais parâmetros as pessoas não compram...


A segunda lei é a da oferta e da procura...

Se o produto tiver uma grande procura, podemos especular o preço e obter maior lucro...

Isso as pessoas também gostam, mas o inverso também é verdadeiro, ou seja, se não houver procura não haverá venda...

A terceira lei é a mais cruel...

Existe um custo para os produtos e senão conseguirmos vender acima do nosso custo, temos prejuízo...
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Mas estas leis todos nós sabemos, o que poucas pessoas pararam para pensar é como é composto o real preço dos produtos...

Porque a areia custa US$20,00 e não US$40,00 ou US$10,00?

Eu escolhi propositalmente este produto porque é mais fácil a sua compreensão... Vejamos...

A areia não custa absolutamente nada...

Xiiiiiiiiiii – já começou difícil...

É só chegar na beira do rio, que é público, e pegar...

Se estivermos fazendo uma obra junto ao rio, não necessitamos de comprar areia, é só pegar...

Então porque pagamos por ela?...

É aqui que surge o natural equivoco,

nós não pagamos pela areia,

nós pagamos somente pela mão de obra.



Mas então porque o ouro é tão caro?...

Ele também existe na natureza e é só pegar...

É verdade, mas o problema é que para pegarmos ouro temos que ter muito trabalho, e muita mão de obra é gasta no processo, por isso é que ele é tão caro...

Vocês sabiam que os americanos nos vendem areia ao preço de ouro?...

É verdade...

Areia é o material que mais existe na terra e nós a pagamos a preços muito mais altos que o ouro...

Ainda não descobriram onde?...

É isso aí, nos micro-processadores e circuitos integrados da nossa eletrônica...

A matéria prima realmente não vale nada (silício=areia),

mas a mão de obra para se conseguir o chip, é de matar... rss...

Mas existem exemplos mais drásticos:

Vender um produto que não contem matéria prima nem são serviços...

Eu não estou ficando maluco (eu já sou) estou falando de mão de obra pura, puro “know how”...

De um produto etéreo...

Um produto que não se vê...

Não olhem lá para fora, não é vento...

Olhem para a vossa frente...

Estou falando do produto vendido pelo homem mais rico do planeta...


Esse mesmo, o Bill Gates...


E o produto é o software...


Incrível não é?...

Também vendendo nada, por muito dinheiro, qualquer um fica rico... rss...

Voltando...

Por isso se ouve tanto falar em exportar não matéria prima, mas produtos com mão de obra agregada...

Vender minérios é um erro colossal...

As reservas vão acabar e depois?...

Que mão de obra nós estamos vendendo?...

Nenhuma ou quase nenhuma...

Depois importamos produtos feitos com essa mesma matéria prima, só que com uma mão de obra incorporada, mais transporte e imposto...

Essa é a diferença entre um país pobre e um país rico...


O país pobre vende as suas riquezas naturais, o país rico transforma essas riquezas naturais em produtos com mão de obra agregada e vende de volta ao país pobre, que fica cada vez mais pobre, pois a mão de obra de um país rico é cara...

Aí os países ricos têm os seus cidadãos empregados e bem pagos e ficam cada vez mais ricos e os países pobres vivem no desemprego e na miséria...

Mas por quê?... Se isso está na cara e até um portuguesinho sabe...

Porque é um lucro simples e imediato...

O dono da mineração fica rico, paga um monte de imposto e pronto o assunto está resolvido...

Mas também existe outro problema...


Para se fazerem indústrias transformadoras o povo tem que estar qualificado, ser culto, ter educação, mas como esse assunto é tabu nos países pobres fica por isso mesmo...

Por outro lado fazer o que os outros já fazem muito bem e detêm o “know-how” é meio complicado, mas a China está nos dizendo que é totalmente possível...

Aliás, o Japão nos anos setenta apareceu competindo no mercado Europeu em setores de alta tecnologia e produtos muito acima das indústrias existentes...

Estou falando da indústria automobilística (Toyota, Honda, Nissan), e da indústria de eletrônica (Sony, Samsung, Nec...)...

E reparem, no caso da indústria automotiva, eles têm que importar toda a matéria prima e suportar todo transporte de ida e volta...



Então é possível sim,
e se juntarmos
pesquisa, inovação e tecnologia,
não tem como dar errado...

Então como vêem o importante não é ser um país rico em matéria prima como o Brasil, mas sim, ser um país rico em cidadãos capazes de produzir...

xi... Estou perdido... Afinal estávamos falando de quê?...

Ah sim, já chegamos à conclusão que os preços dos produtos é tão somente a mão de obra nele incorporada, mais um fator especulativo de mercado advindo da lei da oferta e da procura e que para se produzir necessitamos de ter mão de obra qualificada...

E é por isso mesmo que a China está liderando o mundo dos negócios...

Simplesmente lá a mão de obra é mais barata...

Logo os produtos são mais baratos...

Simples assim...

Todos nós sabemos que a qualidade ainda não é aquela coisa, mas eles estão explorando a maior fraqueza humana do momento – o preço...

E depois de terem derrubado todas as indústrias do mundo ficando com o monopólio mundial, aí podem subir os preços à vontade...

Tudo bem, o valor das coisas advém da mão de obra nela empregue, mas

quem determina o valor da mão de obra?...

Essa é uma pergunta interessante...

Embora o governo e os sindicatos tenham algum poder sobre ela, já que a lei do capitalismo selvagem determina para se pagar o mínimo possível para majorar os lucros, ela se rege muito pela lei da oferta e da procura.

Tal como qualquer produto, ela se torna mais cara e valiosa quando contém outras mãos de obra agregadas, é claro que estou falando de educação e cultura...

Por isso a mão de obra de um engenheiro é mais bem paga que a de um pedreiro...

Já o fator experiência agrega outro item também muito importante o “kwow-how” (saber como fazer)...

Aí vocês se perguntam...

Mas a mão de obra no Brasil é muito barata porque não estamos competindo com a China?...

Porque essa é uma falsa idéia...

A mão de obra no Brasil não é barata não, aliás é bem cara...

Vocês estão confundindo com a mão de obra não qualificada, aquela que o Brasil tem de montão e que pouco ou nada sabe fazer e ainda por cima é muito irresponsável...

Vamos esmiuçar este assunto um pouco...

Quando a pessoa é culta, educada e responsável, ela pode aprender a fazer quase qualquer coisa e com muita facilidade...

Já quando a pessoa é inculta e não educada, traz normalmente agregada a irresponsabilidade, aí ela tem muita dificuldade em se tornar útil, mesmo que aprenda, pois vai ter problemas em cumprir ordens, prazos, ter brio, etc. ...

Vamos primeiro entender direito a diferença entre cultura e educação...

A educação é aquela que aprendemos principalmente em casa...

A sermos obedientes,
respeitadores e responsáveis pelos nossos atos...
E que vem acompanhada dos chamados princípios:
Não fazer mal aos outros,
não roubar,
respeitar os idosos, etc. ...

Já na escola nós aprendemos principalmente cultura... História, geografia, matemática, etc. ...

Essa falta de educação e cultura é o que vemos, por exemplo, no setor da construção civil...

Lidar com essas pessoas tão despreparadas para assumir responsabilidades é muito difícil e complicado...

O desperdício atinge valores incríveis, continuamos totalmente artesanais e a qualidade dos serviços é no mínimo duvidosa... Felizmente existem exceções...

Já as pessoas bem preparadas e capazes são pagas a preço de ouro, pois não existem muitas...
Por isso o leque salarial é tão vergonhosamente amplo...

Por outro lado, o famoso jeitinho brasileiro aliado à corrupção, aos monopólios e oligopólios, sobem o nível de vida para valores muito altos e o valor da mão de obra tem que acompanhar, assim temos pessoas que ganham relativamente bem, internacionalmente falando, mas que quase passam fome, porque são obrigados a pagar serviços e impostos com preços majorados advindos de tais práticas...

Estou falando de IPVA (talvez o mais caro do mundo), imposto predial caríssimo (IPTU aqui no Brasil), gordos pedágios que se transformaram em impostos atendendo que não existem vias alternativas, serviços de banda “larga”, tevê a cabo, telefone celular, multas eletrônicas, estacionamento, taxas de condomínio, taxas de juros (das mais caras do mundo), etc., etc., etc., ...

Houve um período da minha vida que fui obrigado a ter carro aqui no Brasil e em Portugal... Aqui pagava de imposto sobre veículo (IPVA) dez vezes mais caro que em Portugal...

O meu filho em Portugal paga por tevê a cabo mais 16 MB de banda larga, 50 euros, eu pago 100 euros por TV a cabo e 1MB de banda estreita (pago o dobro com uma banda 16 x menor)...

Os juros para empréstimo pessoal (o mais caro) é de 9% ao ano em Portugal, aqui é de 5%... A pequena diferença é que aqui é ao mês, o que dá “só” 79% ao ano (16 x mais)... Isto se não for no cheque especial ou cartão de crédito, pois aí vai para bem mais de 100% ao ano (20 x mais)...

“Inventaram” de aumentar as multas para valores estratosféricos, alegando que só assim baixaria a quantidade de acidentes...
Será que alguém realmente acredita nisso?...

Não estou falando da lei seca que realmente deu resultado e que qualquer pessoa de bom senso aprova com louvor...

O meu IPTU este ano aumentou 60%... Justificativa – nenhuma...

Este ano o estacionamento na via pública aqui na cidade onde vivo,
aumentou um pouco... 100%...



Em Portugal os edifícios não têm porteiro e eles acham um absurdo pagarem 30 euros de condomínio... Eu pago 130 euros (4 x mais), por um edifício que quase nada oferece e isto porque temos antenas de celular no cimo do prédio e fazemos publicidade na fachada... Imaginem se não tivéssemos essas benesses...

Bem vou parar por aqui, senão vou ficar aqui o dia todo contando desgraças...

Como vemos, nós aqui pagamos muitíssimo mais pelo mesmo tipo de serviços e reparem que Portugal tem um rendimento per capita quatro vezes maior que o Brasil...

Isso quer dizer que se pagássemos a mesma coisa, as despesas nos afetariam 4 vezes mais, mas como pagamos pelo menos 4 vezes mais, elas nos afetam mais de 16 vezes...



É duro... Sim, é por isso que brasileiro vive duro...

Como podemos constatar o problema não está só nos salários, mas principalmente nas despesas que somos obrigados a suportar...

Este é o resultado do jeitinho brasileiro e da corrupção descarada...

É... Sai caro mesmo...

Já me perdi de novo... Estas coisas me perturbam...

Ah, sim... Então o valor dos produtos é só mão de obra e ela varia com o nível de vida (mais especulação)...

Continuando...

Uma camisa social boa comprada na fábrica em grande quantidade sai por cerca de US$2,75...

Na loja pagamos entre US$10,00 a US$20,00...

Um batom de boa marca custa entre US$0,50 a US$1,00 na fábrica e é

vendido ao público por US$10,00 a US$15,00...

E isso acontece mais ao menos com tudo...



E mesmo assim não quer dizer que as pessoas enriqueçam, aliás, maior parte delas que se aventura entram em falência no primeiro ano...

Qual é o fenômeno?...

Porque temos que pagar até 30 vezes mais por um produto?...

Esquisito não é?...

Mas a explicação é relativamente simples...

Porque nos transformamos numa sociedade administrativa...

Todos concordam com certeza,
só falta é sabermos o que é essa tal de “sociedade administrativa”...


Um pouco de história...

Antes da era industrial a capacidade produtiva do homem era quase nula...


As ferramentas eram bem toscas e tudo era muito artesanal...

Sobrava o que fazer, aliás, não havia mão de obra suficiente, por isso os filhos eram tidos como riqueza da família – mais mão de obra contribuindo para o seu bem estar...

Com a entrada da era industrial, a manufatura dos produtos explodiu para números nunca antes vistos, que veio a gerar a teoria de Karl Marx retratada em seu livro mais famoso “O Capital” e a sua ideologia no “manifesto comunista”..., pois ele constatou que com aquela capacidade produtiva todos poderiam usufruir de um bem estar nunca antes alcançado, podendo-se até tornar numa sociedade rica e igualitária...

Realmente parte disso aconteceu... Ele só se esqueceu de dois pequenos pormenores:

Da ganância e da ânsia pelo poder...



Hoje, maior parte de nós vive muito melhor que qualquer rei da idade média...

As nossas cadeiras e sofás são muito mais confortáveis, o nosso colchão é muitíssimo melhor, água quente no chuveiro, mesmo o nosso carro mais popular é incomensuravelmente melhor que as carruagens e mesmo as nossas estradas menos tratadas, superam em muito os toscos caminhos ou mesmo as vias romanas...


É claro que não vou comparar os sábios da corte com o nosso Google
por que isso chega a ser imoral... rss...

Realmente a nossa capacidade produtiva é fantástica, nunca antes alcançada,

mas então porque não somos todos ricos?...

Aí nós temos um pequeno problema – temos primeiro que saber qual é a definição de rico...

Se acabamos de ver que maior parte de nós vive melhor que um rei, então somos todos muito ricos...

Mas então porque não nos sentimos como tal?...

Por causa do enquadramento temporal...

É que nós não vivemos na idade média...

Mas afinal riqueza é igual a conforto?... É isso?...

Em grande parte sim, mas continua faltando algo...

A minha definição pessoal é a seguinte:

Uma pessoa passa a ser rica quando tem mais do que necessita para viver...

Se você já tem casa, carro, televisão, computador, laptop, celular, e todo o resto das parafernálias e tem uma sobra no banco, você já é rico...


Na nossa sociedade, nós só consideramos uma pessoa rica quando os bens ultrapassam em muito as necessidades, e as pessoas o alardeiam exibindo seus luxos...

Mas em principio ela não desfruta de mais conforto...

A poltrona pode ter a assinatura de um design famoso, mas não é mais confortável, o acento do carro pode ser de couro, mas não dá mais conforto, o muito rico pode assistir televisão numa maior, mas vê a mesma coisa, aliás, o muito rico maior parte das vezes tem problemas muito sérios em manter os seus bens e normalmente pouco usufrui, pois passa maior parte do tempo, sem tempo, tentando manter ou expandir seu patrimônio...
É aqui que entra a qualidade de vida...

Isso sim é riqueza...

E atualmente, quase não adianta a quantidade de dinheiro que a qualidade de vida se vem deteriorando a ritmo assustador...

Continuando com a nossa história...

Então nós passamos de produtores artesanais para grandes produtores, mas um problema se deu...

É aí que nós passamos de uma sociedade produtiva para uma sociedade administrativa...



Agora qualquer um pode produzir, e produzir muito... É só ligar a máquina...

E em face disso os produtores são pagos a preço de banana...

São considerados inclusive empregos subalternos...

O agricultor é muito mal pago,
o pedreiro é muito mal pago,
o trabalhador fabril é muito mal pago...

Mas por quê?...

É que agora o problema, não é produzir, mas sim vender aquele montão de produtos que a máquina cospe sem parar...

A pirâmide se inverteu...

Agora necessitamos de ter um pequeno grupo de produtores e um exército de vendedores...

Mas aparece mais uma arma nesse arsenal...
A publicidade...

Ela tem por missão, mostrar o produto, torná-lo conhecido e ligá-lo aquele fabricante específico (surgem as marcas), tornar o produto desejável, elitizá-lo (incrementando seu preço), criar necessidade de compra (para as pessoas o comprarem mesmo sem dele necessitarem)...

Em alguns casos, nos mais extremos, tem que criar a necessidade para produtos totalmente supérfluos e sem qualquer tipo de serventia prática...

É aí que a publicidade mostra todo o seu esplendor e força...

Ela tem o poder de vender qualquer coisa...

Como exemplo máximo, temos o de conseguir vender uma pedra, que para quase nada serve, por preços exorbitantes...

E o mundo comprou a idéia direitinho...

Enquanto que o ouro que tem inúmeras aplicações e seria muito usado se não fosse a sua raridade, o caso da pedra brilhante que conhecemos como diamante não tem nada a ver...

Uma zircônia e um diamante têm exatamente a mesma utilidade quando usadas em acessórios...



Brilham muito...

Porque pagar uma fortuna pelo diamante?...

Só Freud explica... rss...

Ah, sim eu já me esquecia, tem um pequeno pormenor...

A publicidade tem todo esse poder e faz realmente toda essa magia,

mas são necessários caminhões de dinheiro...


Voltando...

Então agora na era da grande produção, quase direi da produção excessiva em que os produtos quase não incorporam mão de obra e poderiam ser quase de graça, nós temos de pagar a esse montão de vendedores e a essa máquina maquiavélica chamada de publicidade, que elevam os preços às alturas...

É claro que depois, ainda surgem os impostos...


Eu quase poderei dizer que os impostos podem ser elevados ao status de deuses,
atendendo à sua onipresença...

Pronto, agora todos nós sabemos o que é uma sociedade administrativa...

É aquela onde só um pequeno número de pessoas produzem (e quase nada recebem), os produtos saem quase de graça, mas temos de pagar a um montão de pessoas que nos tentam enfiar esses produtos goela abaixo fazendo com que os preços explodam...

Aí todo o mundo grita...


Eu adoraria pagar esses preços baixos, mas se retirarmos esses vendedores e publicitários o desemprego vai explodir...

Vai mesmo...

Mas a intenção não era acabar com o desemprego?...

Eu sei está difícil de entender, mas vocês já sabem que este assunto é complicado mesmo...

Bem pelo menos já sabemos que os preços na origem são muito mais baixos...
Já é alguma coisa...

Vamos tratar primeiro disso e depois atacamos o grande vilão:

...o desemprego...


Então a questão que temos para resolver é:

Como conseguir esses preços maravilhosos na nossa Cidade Verde...

Isso é muito simples...

Ela já foi concebida pensando nesse objetivo...

Nós sabemos que no bairro existem (192 x 6) 772 apartamentos...

Se no preço de cada apartamento embutirmos US$2.000 a mais, teremos dinheiro mais do que suficiente para pagarmos o edifício que fica na praça do bairro (o redondo que se vê por detrás da portaria do bairro)...

Então, todos os moradores do bairro seriam donos desse edifício...

Ai basta eleger um conselho administrativo para que o supermercado ganhe forma e comece a funcionar...

Então todos podem usufruir de todos os produtos a preço de custo, mais a mão de obra necessária ao seu funcionamento...

Mas podemos ir mais longe...

Agora vamos abrir uma central de compras da cidade, onde convergem todas as necessidades de aquisição dos supermercados de todos os bairros...

Já viram o poder de negociação dessa central?...

Negociar a aquisição de produtos para os 50.000 habitantes?...

Agora vamos elevar isto ao nível da excelência...

Fora os produtos alimentícios, um dos problemas mais graves dos outros produtos é o estoque...

Ele levanta três grandes problemas:

1º. Espaço e logística.

2º. Custo do estoque (do produto e financeiro)

3º. Desperdício gerando pontas de estoque

São estes três problemas que obrigam a aumentar a taxa de comercialização...

Mas... (todo o mundo adorou este mas...)



E se nós tivéssemos em exposição só amostras desses produtos?...

Os três problemas se resolveriam como que por mágica...

As amostras seriam dos fabricantes, não gerando custos, e assim as pessoas poderiam pegar, experimentar e se realmente atendesse às suas necessidades então encomendavam...

Reparem que esta prática também evita os desperdícios por parte do setor fabril, pois agora ele produz sobre encomenda efetiva.

Poderiam inclusivamente pagar no ato da encomenda, fazendo com que o desconto fosse o maior possível (pagamento antecipado)...

O supermercado receberia o produto e entregaria em casa...

Reparem que os espaços de exposição seriam alugados e como o supermercado quase não perde tempo com a transação e como o espaço é propriedade dos clientes nenhuma taxa se faz necessária.

Ah sim, ainda temos mais uma coisa...

Nesse edifício é onde tem as salas comerciais que poderão ser alugadas às pessoas do bairro, e cujo apuro reverterá a favor dos condomínios, baixando ainda mais o seu valor ou até, torná-lo negativo, ou seja, em vez de pagarmos recebermos...



É claro que no setor alimentício, os três problemas acima vistos estão presentes, pelo que terão que ser vendidos com uma taxa de serviços incorporada para pagamento das despesas, e o pequeno lucro que poderá gerar reverterá para os condomínios...

Mesmo assim, atendendo a que o imóvel é próprio e há ausência de lucro, os produtos serão bem mais baratos que no nosso supermercado habitual...

Bem, todo o mundo está em êxtase...

Produtos a preço de fábrica mesmo, sem enganação, todo o mundo gosta...


Agora só falta arranjar emprego para quase 70% das pessoas que vivem na cidade verde, pois acabamos de despedi-las...


Haverá solução?...

Não percam os proxímos capítulos... rss...